quinta-feira, 15 de abril de 2010

PELA GRAÇA DE DEUS SOU HOMEM BATISTA

PELA GRAÇA DE DEUS SOU HOMEM BATISTA

"PELA GRAÇA DE DEUS SOU O QUE SOU" (I Co. 15.10)

Se eu fosse parafrasear o texto acima poderia dizer: PELA GRAÇA DE DEUS SOU HOMEM BATISTA. No entanto, nestes últimos tempos, mais uma vez temos ouvido o rufar de vozes discordantes em relação ao trabalho desenvolvido pelos homens batistas do Estado de São Paulo.
Os inimigos de Deus se levantam para tentar destruir tudo aquilo que se chama de OBRA em favor do Reino. Não importa exatamente que títulos tenham (afinal Lúcifer era tido “como o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em beleza” - cf. Ez. 28:12), não importa que cargos ocupem (afinal Lúcifer foi colocado como ”querubim da guarda” – cf. Ez. 28:14), sempre serão inimigos da obra de Deus aqui na Terra.

Falam em modernidade, mas eu gostaria de saber: para ser modernos devemos destruir aquilo que existe a muito tempo e que ainda vem dando frutos?

Isso me recorda, que a poucas semanas vimos pela TV ao insano ataque promovido pelo MST, quando derrubaram diversas árvores frutíferas e produtivas, com a desculpa da necessidade de plantio de feijão. Diversos especialistas revoltados diziam que não teria sido necessário a derrubada de tantas árvores, e que na realidade, não havia necessidade de derrubar árvore nenhuma.

Pois é: essas vozes estranhas tentam fazer na CBESP a mesma coisa que o MST fez naquela fazenda. Querem “derrubar” os departamentos masculino, feminino e dos jovens e centralizar tudo em um único homem, quem sabe um “vice deus(?)”.

Pior que isso é que eles querem atrelar todas as igrejas a vontade pessoal deles e, ao mesmo tempo, jogar por terra todo um passado de democracia e independência existente entre o povo batista.

Os batistas sempre se destacaram por seu amor à liberdade. Mesmo existindo, como de fato existe, uma enorme e profunda união entre todo o povo batista, as igrejas são absolutamente independentes umas das outras, não interferindo em suas diretrizes. Apenas colaboram umas com as outras.

Porém, essas vozes estranhas querem acabar com tudo isso. Eles querem atrelar o povo batista de São Paulo aos seus interesses pessoais, e as suas diretrizes básicas e diante disso cabe uma pergunta: os interesses deles são os mesmos interesses de Deus?

Os donos dessas vozes estranhas se julgam dotados de “visão“, porém, alguns deles tem “visão tão especial” que suas igrejas vem encolhendo em número de membros. Dia após dia esse “visionário” vem perdendo membresia para a Igreja do Nazareno, por que será, heim?

Estes homens “especiais” realizaram uma Semana Batista que de fato foi um verdadeiro espetáculo artístico e visual, mas que para o Reino de Deus não deu nenhum retorno real, nem em termos de vidas (até porque a TransPaulista foi financiada pelo investimento realizado pelos próprios missionários que ali estiveram) nem em termos financeiros, já que provocou prejuízo financeiro.

Contudo houveram shows maravilhosos, mesmo que a grande maioria das pessoas só tenham assistido aos shows e não tenham chegado a ouvir a mensagem da Palavra de Deus.

Entretanto, seja como for, a verdade é que eles querem substituir o velho por algo mais moderno. Mas não mostram nada melhor do que aquilo que já existe hoje em dia.

Assim como as seitas querem manipular seus seguidores, as vozes estranhas desses visionários especiais querem ditar como devemos nos portar e querem, assim como os donos das seitas, ditar aquilo que devemos fazer e quando fazer. Eles acham que nós não temos poder de discernir entre aquilo que seja melhor para nós. Falam em livre-arbítrio, dizendo que Deus nos dá liberdade de escolher e querem tolher nosso sagrado direito de ter nossos próprios departamentos nas Igrejas, nas Associações e na Convenção. São ditadores “vestidos” de democratas; são lobos em pele de cordeiros.

São homens que, invertendo os valores, querem fazer crer que a Convenção existe para a união das igrejas, quando, na verdade, a Convenção é formada pela união das igrejas e é somente por essa união que a CBESP tem vida.

Entretanto, fique bem claro, se hoje permitirmos isso, amanhã poderão estar nos tirando a Bíblia e nós também acabaremos por nos calar, lembrando do poema do dramaturgo e poeta alemão Bertold Brech, que diz:

Na primeira noite eles entram em nosso jardim e roubam nossa rosa
E nós, não dizemos nada
Na segunda noite já não se escondem pisam nossas flores
E nós, não dizemos nada
Na terceira noite entram no jardim, roubam nossas flores, matam nosso cão
E nós, não dizemos nada
Finalmente, o mais fraco deles, invade nossa casa corta nossas línguas
Então não podemos falar mais nada

Lutemos! Lutemos por aquilo que somos, lembrando sempre que:
"PELA GRAÇA DE DEUS SOU O QUE SOU" (I Co. 15.10)
A DEUS TODA GLÓRIA!!!!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sou salvo?


Sou salvo?

A algum tempo atrás, um discípulos de Armínio, acusava a doutrina da eleição de não “moldar o verdadeiro caráter do crente” (sic). Ele dizia que “dar a certeza” de salvação é dar autorização para o crente pecar (sic). Ele tinha certeza que o crente que tem certeza de sua salvação é o crente que não luta por sua salvação (sic).
Na época fiquei indignado com tais afirmativas, mais ainda por se tratar de um professor de seminário. No entanto, após acalorado debate, fui obrigado a lembrar que Jacobo Armínio também foi professor de seminário. Lembrei também que o próprio apóstolo Paulo em reação a similar acusação, de que a doutrina da justificação pela fé estimularia o pecado, lança a seguinte pergunta: “Permaneceremos no pecado, para que a graça se destaque?”. E prossegue: “De modo nenhum. Nós que morremos para o pecado, como ainda viveremos nele?” (Rm. 6:1-2).
É verdade! Como nós, que sinceramente nos voltamos para Cristo, como nosso Senhor e Salvador, podemos querer desprezar tudo aquilo que Ele fez e voltar ao pecado? Como nós que abraçamos uma fé sincera, sendo gratos por seu enorme sacrifício, poderemos retornar a condição de inimigos de Deus?
A verdade é que aquele que realmente foi tocado pelo Santo Espírito não tem prazer no pecado, na verdade ele luta com todas suas forças para escapar das tentações e dos pecados. E isso acontece porque a justificação que recebemos produz santificação, ao mesmo tempo que nos conduz a uma tenaz luta por santidade. Essa é, sem dúvida, uma marca de quem escapou da condenação, ou se preferirem: essa é a marca do salvo.
Contudo fique claro que não é o homem quem luta por regeneração pessoal, mas é o próprio Espírito quem regenera e trás salvação. Um claro exemplo está na história de Zaqueu que mostra que só depois da intervenção do Senhor é que aquele homem pecador, se transformou.
O apóstolo Paulo, usado pelo Espírito Santo, escreveu aos efésios que “estávamos mortos em nossas transgressões e pecados”, então fica a pergunta: como pode um morto lutar pelo que quer que seja?
A regeneração, de fato, é o reviver que o Espírito trás para nossas vidas. É Deus nos fazendo renascer para Ele mesmo. Jesus, em Jo. 3, fala de maneira clara para Nicodemos que para “ver o Reino de Deus” (salvação) é necessário “nascer de novo” (ser regenerados) e ainda completa: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.” (Jo. 3:5-6). É absolutamente claro que só Deus pode fazer nascer do Espírito.
A regeneração é, sem dúvida, graça derramada sobre nós, que traz transformação, mudança na disposição da alma e que faz com que nosso coração se incline para Deus. A regeneração dá um fruto especial ao homem, a FÉ. Porque a regeneração é antecessora da fé.
A regeneração nos trás para um nascimento, um nascimento que envolve e empurra em direção a santificação, que, na realidade, é o crescimento da maturidade espiritual, experimentados por nós em nosso caminhar com Deus.
A regeneração nos muda num estalar de dedos. A santificação é um aperfeiçoar diário na luta contra o pecado, no entanto, estando sempre na dependência de Deus.
Deus nos dá forças para fugir das tentações e do pecado, mas exige vigilância e constante luta.
Ter certeza de salvação é importante para que o homem possa louvar ao “Deus da minha salvação” (cf. Hc. 3.18), para que o homem possa se alegra, como Jó se alegrou, dizendo: “Eu te conhecia de ouvir; mas agora meus olhos te vêem” (Jó 42.5), ou ainda, falar como Jonas: “Ao Senhor pertence a salvação.” (Jn. 2:9c).



A DEUS E SOMENTE A ELE SEJA DADA TODA GLÓRIA!!!

sábado, 6 de março de 2010

MÚSICA GOSPEL?

MÚSICA GOSPEL?

Sempre, em todo tempo, a Igreja cristã tem sido alvo das investidas dos inimigos de Deus e da verdade. Já nos tempos dos Apóstolos vemos o combate, por parte deles, contra as mais diversas formas de heresias.

Durante os séculos teorias foram surgindo e se insurgindo contra Cristo e Sua Igreja. Mas a verdade contida nas Palavras e na promessa de Jesus, registrado em Mt. 16:18, se torna a cada dia mais consistente, não fora assim e o cristianismo não mais existiria.

A luta apologética se travou em todos os tempos, e pelos mais diversos homens, realmente tementes a Deus. Homens que abraçaram a fé, mas decidiram não abraçar uma fé cega, ao contrário, esses homens decidiram buscar entender e, simultaneamente, explicar de forma coerente e inteligente tudo a respeito de Deus.

Após a morte do último dos Apóstolos, homens se levantaram para defender o cristianismo de ameaças internas, como o gnosticismo, o montanismo, além de sérias ameaças externas impetradas por escritores e oradores muito respeitados, como por exemplo: Fronto, Tácito, Porfírio e especialmente o filósofo pagão Celso, que detinha os favores do imperador Marco Aurélio. Mas Deus levantou os homens que poderiam defender a fé cristã desses ataques. Não destacarei nenhum nome, mesmo porque todos foram importantíssimos.

Mas durante todos esses séculos, nunca o ataque foi tão forte como atualmente. Aqui mesmo no Brasil, a Igreja tem experimentado uma enorme gama de falsos ensinamentos. São as mais diversas heresias, que disfarçadas com ares de doutrina, vão invadindo nossas igrejas (até mesmo as igrejas chamadas de tradicionais).

Grande parte dessas heresias vem acompanhada de melodias e são cantadas em nossas igrejas como se fossem louvores a Deus. Contudo, devemos atentar que a palavra “louvor” significa elogiar, exultar, enaltecer, bendizer, glorificar, e esses “louvores”, em sua maioria são totalmente antropocêntricos.

A bem da verdade: nossos cultos são antropocêntricos, fazemos cultos pensando no auditório e não em Deus. Temos liturgias hedonistas e hoje os crentes são “extravagantes”, “querem ser restituídos”, “determinam” prosperidade e cura, muitas vezes chegam erotizar a relação com Deus.

Esses falsários do evangelho têm transformado o Deus Todo poderoso em “gerente” das bênçãos que eles dizem ter direito. Transformam o Senhor em mercador de benção, onde se pode conquistar caprichos pessoais.

Porém, algo surge como explicação de todo esse emaranhado, a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), recentemente divulgou que a música gospel é o segundo gênero mais vendido no país. Segundo estimativas mais recentes, o mercado da musica gospel tem mais de 50 milhões de ouvintes, fazendo movimentar algo em torno de R$ 1 bilhão por ano.

A música gospel, que antes era marginalizada e restrita apenas às igrejas, hoje, chega às grandes gravadoras, como a Sony Music, que contratou diversos cantores evangélicos e se lança com força total neste segmento fonográfico.

Seguindo o exemplo de grandes nomes da música secular, esses “adoradores” têm levado seus shows “onde o povo está”, mas não sem deixar de cobrar ingressos. Chegam a lotar ginásios esportivos com seus espetáculos, jogos de luzes e muita tietagem. Ali as pessoas vão para vê-los e eles são o centro de todas as atenções. Cantam “louvores” a Deus, mas não fazem d’Ele o centro daquele espetáculo.

E mais uma vez constatamos que as filosofias Iluminista, hedonista, o humanismo, tem invadido nossos dias e nossas mentes com falsas promessas de que temos o direito de experimentar todas as coisas. Que, por ter-nos sido dado o domínio de todas as coisas, tudo podemos fazer e experimentar.

Por conta de orgulho pessoal e da necessidade de parecer bem sucedidos, de parecer ser vitoriosos perante os homens e o mundo, está geração, mais do que qualquer outra, tem se afastado da verdadeira mensagem da cruz. Tem se afastado do caminho traçado por Jesus e seus discípulos. Tem se afastado do caminho percorrido por homens como Orígenes de Alexandria, Agostinho de Hipona, John Bunyan, Martinho Lutero, João Calvino, David Brainerd e tantos outros homens de Deus, que por vezes deram a própria vida em favor do evangelho.

Homens como Policarpo de Esmirna, que aos oitenta anos, foi-lhe mandado renegar o nome de Jesus, ou então iria para a Arena ser comido por leões, e como resposta ele disse: “Nestes meus oitenta anos Jesus nunca me fez mal algum, então como posso negá-lo? Prefiro morrer a negar seu nome.”.

Precisamos de mais Policarpos. Precisamos de mais humildade e submissão a vontade de Deus. Precisamos ser mais cristãos e menos “adoradores”.

É isso! O que nós precisamos é ser verdadeiros adoradores. Como diz em Jo. 4:23-24: “Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade.” (NTLH).



A DEUS E SOMENTE A ELE SEJA DADA TODA GLÓRIA!!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

HOMENS QUE DEUS USA:










HOMENS QUE DEUS USA:

Alguém perguntou a São Francisco de Assis como ele conseguia realizar tantas coisas. Sua resposta foi esta:
“Esta deve ser a razão: O Senhor olhou do céu e disse: ‘onde posso encontrar o homem mais fraco, menor e mais medíocre sobre a terra?’ Então Ele me viu, e disse: ‘Eu o encontrei, ele não vai se vangloriar, porque ele verá que Eu o estou usando por causa da sua insignificância.’”.


Sem dúvidas, nossa insignificância é tão grande que não vale a pena falar dela. Porém, e cada dia mais, temos visto pessoas, orgulhosamente, se levantando para “determinar” aquilo que Deus deve fazer, são pessoas que negam a soberania de Deus, se não de forma direta, pelo menos indiretamente. Através de suas filosofias e teorias relegam Deus a um segundo plano.

Em nome do livre arbítrio reduzem Deus a um ser fraco, que em nome do relacionamento com suas criaturas abriu mão de sua soberania sendo, portanto, incapaz de determinar o que quer que seja. E, ainda mais, que Ele vai se adequando às vontades humanas.

Transformam o Criador em simples mordomo, que não tem poder para determinar, mas, ao contrário, de acordo com a conveniência humana, vai redesenhando a história de acordo com essas conveniências.

A teologia da Prosperidade tem usado textos sagrados do AT, em contextos que provem suas teses, mesmo que essas teorias possam ser contestadas e até desmontadas.

Diversas correntes evangélicas têm feito uma tão grande miscigenação, que já não se sabe se são realmente evangélicas ou se são espíritas. Ensinam “simpatias” para conquistar seus interesses e transformam o evangelho em mercadoria, onde que “paga” mais, recebe mais “bênçãos”.

Apontam para um caminho de “bênçãos”, mas não apontam para o caminho de mudança de vida, de busca de santidade, de ter uma vida para glória de Deus. Não apontam para a necessidade de que o crente tome decisões eticamente comprometidas com as verdades contidas na Palavra de Deus e de que viva o evangelho de uma forma sincera e real, assim como vem sendo pregado desde os profetas.

E como se não bastasse a teologia da Prosperidade, ainda temos que enfrentar a “teologia relacional”, que considera a concepção tradicional de Deus como inadequada, ultrapassada e insuficiente e se apresentam com uma nova visão sobre Deus e sua maneira de se relacionar com sua criação. Nessa sua visão destacam que:

1. Deus é o amor e esse é seu atributo mais importante, todos os demais atributos de Deus ficam subordinados a ele. Devido esse fato Deus é tão sensível que se comove com os dramas ocorridos com suas criaturas.

2. Deus não é soberano, pois a soberania de Deus interferiria no livre arbítrio do homem e, só pode haver com real relacionamento entre Deus e suas criaturas, se estas tiverem real capacidade e liberdade para cooperarem ou contrariarem os desígnios de Deus. Ou seja, Deus abriu mão de sua soberania por amor ao homem e se tornou incapaz de realizar tudo aquilo que desejaria, como impedir tragédias ou o avanço do mal.

3. Deus não é onipresente e, portanto, ignora o futuro. Segundo essa teoria Deus vive no tempo, e não fora dele. Ele também não é onisciente e vai aprendendo com o passar do tempo. O futuro só pode ser determinado por uma combinação do suas criaturas decidem fazer, Isso indica que, segundo suas idéias, o futuro não está determinado e os seres humanos são absolutamente livres para decidir o que quiserem, sem que Deus possa interferir.

4. Deus, por não ser onisciente, ao criar seres racionais livres se arriscou a perder tudo, pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se arriscar diariamente porque ama suas criaturas, respeita a liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.

5. Deus é vulnerável e passível de erros em seus conselhos e orientações. Além disso, em seu relacionamento com o homem, seus planos podem ser frustrados e Ele sofre por conta disso, como qualquer um de nós.

6. Deus é volúvel. Ele só é imutável em sua essência, no demais Ele muda seus planos e até mesmo se arrepende de decisões tomadas. Ele pode mudar suas decisões a partir do momento e que suas criaturas reajam contra elas. Os textos bíblicos que falam de arrependimento, segundo eles, não devem ser interpretados de forma figurada, porque eles expressam os sentimentos de Deus.

São conceitos extraídos da idéia de plena liberdade para o homem, de acordo com essas idéias, para que o homem possa ter livre arbítrio pleno, suas decisões não podem sofrer nenhum tipo de influencia, em decorrência, Deus não pode decretar nenhuma decisão e, também, não pode tê-las conhecido antecipadamente.

Voltaremos a tratar desse tema em especial, mas aqui gostaria de focalizar que todas essas teorias são saídas de mentes orgulhosas que não conseguem admitir sua insuficiência perante Deus, especialmente em matéria de salvação eterna.

São teorias de homens que orgulhosos que não querem reconhecer a supremacia de Deus, não admitem a realeza e a divindade de Deus e arvoram para si direitos que só Ele tem. São mentes contaminadas por filosofias hedonistas, pelo humanismo, iluminismo e por todo tipo de idéias que coloca o homem como principal, quando na verdade tudo foi feito para o “louvor de Sua honra”.

Devemos entender que Deus quer homens que sejam verdadeiros servos e não homens que se dizem servos verdadeiros.

Deus abateu todos os orgulhosos, antes de usá-los como verdadeiros servos. Paulo ensinou que “o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei” - (Gl.5:22-23).
São homens que se julgam sábios aos seus próprios olhos, mas a Bíblia diz: “Ai dos que são sábios a seus próprios olhos” – (Is 5:21a). E Rm. 12:16c completa: “não sejais sábios aos vossos próprios olhos”.

É hora de aprendermos com o Catecismo Batista de 1855, que indaga:

1. Pergunta: Qual é o objetivo principal do homem?
Resposta: O objetivo principal do homem é glorificar a Deus (I Co.10:31), e ter comunhão com Ele para sempre (Sl 73:25-26).

Devemos ter os “cinco solas” presentes em nós, para não perder de vista nossa realidade como cristãos. Portanto, devemos ter claro que:
1) SOLA SCRIPTURA: somente as Escrituras como regra de vida e fé;
2) SOLA CHRISTUS: somente Cristo, por sua obra redentora pode proporcionar a salvação;
3) SOLA GRATIA: somente a Graça de Deus e que pode nos resgatar da ira divina;
4) SOLA FIDE: somente a Fé e que pode nos conduzir a apropriação do ato de salvação proporcionado por Deus, através de Jesus e que a Ele somos conduzidos por meio do Espírito Santo;
5) SOLA DEO GLORIA: somente a Deus devemos dar Glória e toda Honra.

Portanto, toda nossa vida deve ser voltada exatamente para proclamar o Reino de Deus aqui na terra, se necessário até com palavras.


TODA GLÓRIA SEJA DADA A DEUS E SOMENTE A ELE!!!!!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

AVIVAMENTO OU MOVIMENTO?

Ao ler as narrativas do livro “Heróis da Fé”, da CPAD, é quase que impossível não ser contagiado pelos relatos daqueles homens que, se necessário, abandonavam tudo para se dedicar à obra do Reino de Deus.

Não há quem não fique emocionado pelos acontecimentos ali contados, e em vários momentos, chegar às lágrimas diante da verdadeira exposição de poder, derramar do Espírito e frente ao real avivamento espiritual, que foi espalhado pelo mundo através da vida desses homens, que, como verdadeiros profetas incendiaram os países por onde passavam levando a mensagem da cruz, de arrependimento e de vida eterna.

Esses homens foram chamados para realizar uma grande obra e não se omitiram, ao contrário, eles confirmaram suas atitudes com oração e dispondo seus dias em obediência ao Senhor de suas vidas, ao mesmo tempo em que demonstravam firme convicção no poder de Deus e na Palavra de salvação.

Foram homens que apesar dos muitos obstáculos não se abateram, muito pelo contrário, mantiveram sua fé inabalada n’Aquele que os havia chamado das trevas para a luz e os tinha comissionado para irem às nações.

Foram homens que, entendendo a Soberania de Deus sobre suas vidas e sabendo que tudo é realizado através de seu imenso poder, não se deixaram corromper pelo sucesso passageiro, mas, miraram em direção da Nova Jerusalém, e por isso mesmo, traziam a Bíblia nas mãos, a cruz nos ombros e no coração o ardente desejo de divulgar e pregar ao Cristo, nosso Senhor.

Muitos desses homens marcaram não apenas a história da igreja, mas até mesmo a história de suas nações, e do mundo, devido aos grandes avivamentos espirituais que participaram. Avivamentos que provocaram mudança de vida e atitude nos homens e até mesmo na sociedade como um todo.

É impossível não se comover diante de histórias como a do jovem franzino e debilitado David Brainerd, ou do grande explorador David Livingston. Ao mesmo tempo histórias como as de Charles Spurgeons – o príncipe dos pregadores, ou do despertamento espiritual provocado por Jonathans Edwards, nos fazem sonhar com a iminente volta do Senhor.

É fantástico lermos histórias de coragem como as de Martinho Lutero, ou as de Jonh Bunyan, o imortal sonhador, que mesmo na prisão e com nas privações continuou glorificando a Jesus.

Mas, ao mesmo tempo, saber dessas histórias nos faz pensar em nós e naquilo que temos feito em favor do reino de Deus.

Eles foram homens que desprezaram posições de destaque na vida secular por amor a Cristo, nós, no entanto, estamos sempre buscando a posição de destaque para nós, seja na igreja ou na comunidade.

O pior é que existem igrejas que pregam a “barganha” com Deus para benefício próprio, num verdadeiro “toma-lá-da-cá” espiritual.

Hoje, ao contrário dos grandes avivamentos do passado quando não importava outra coisa que não fosse a expansão do Reino de Deus, a Igreja passa por períodos de movimentos. São movimentos de todos os tipos e qualidades que vêm invadindo de forma sorrateira a Igreja. Movimentos que não se sabe onde nascem e que invadem nossas igrejas sem trazer nada de prático, ao contrário, por vezes causa dano à fé das pessoas e à própria igreja como um todo.

Alguns desses movimentos passam de forma rápida e depois ninguém mais se lembra deles; outros, no entanto, são mais duradouros e até se fazem passar como doutrinas bíblicas, chegando a destruir muitas igrejas. O pior é que muitos desses “ensinos”, ainda que não sejam ensinados dentro da igreja, são aprendidos, praticados, interpretados, mesmo que mal interpretados por não serem interpretados à luz da Bíblia, mas o pior é que são defendidos. São movimentos doutrinários que não tem embasamento bíblico, mas são amplamente defendidos, até mesmo por pastores.

Esse é um triste cenário para as nossas igrejas que caminham em meio aos movimentos “neo-pentecostais”, movimentos “de fé”, movimentos “carismáticos”, movimentos “de prosperidade” e outros mais que vão despontando com grande ênfase da mídia, com “pastores” e “líderes” que realizam cultos de louvor a si mesmos e proclamam a Palavra de Deus como se fora um espetáculo de animação teatral, no entanto ignoram as verdades contidas nessa mesma Palavra de Deus.

Muitos desses pregadores preferem sugerir culto aos anjos (e anjos das mais diversas cores), ou então “profetizar” visões de “chaves da vitória”; ou realizar pregações onde o tema central seja “contribua e será abençoado”, do que falar da cruz de Cristo e na regeneração proporcionada pelo Espírito Santo a todo que for justifi
cado pelo sangue de Cristo; se recusam a pregar contra o pecado, contra as práticas idolatras e não incentivam o caminho da santidade.

Nossas igrejas, hoje, vivem de movimentos, ou melhor dizendo, vivemos de modismos com ares de evangelho.

Falamos em bênçãos, mas esquecemos de falar do Abençoador e quando falamos d’Ele é como se Ele fosse um mero detalhe, e não o principal. Hoje em dia muito se fala em colocar “sua” fé em ação, mas se esquecem de falar que é o Espírito de Deus quem nos abastece de fé (cf. I Co. 12.9).

Sem dúvida, são muitos os fatores que nos separam dos verdadeiros avivamentos. E entre eles que ainda precisamos aprender com a oração do profeta Habacuque, que diz:
Ó SENHOR, ouvi falar do que tens feito e estou cheio de temor. Faze agora, em nosso tempo, as coisas maravilhosas que fizeste no passado, para que nós também as vejamos. Mesmo que estejas irado, tem compaixão de nós!” (3:2 – NTLH).

Fica claro, na oração do profeta, que o avivamento pretendido por todos os crentes se traduz através de ouvir a Palavra de Deus (ouvi falar o que tens feito), temer Sua Palavra (e estou cheio de temor), lembrando sempre que temer não é ter medo, ao contrário é respeitar, reverenciar, amar, zelar, obedecer e prestar adoração ao Único que é digno.

O verdadeiro avivamento é produzido nas dimensões espirituais, onde o eleito de Deus é resgatado para uma nova vida e, ao receber essa nova vida, entende o quanto é pecador, o quanto foi atingido pela misericórdia de Deus e decide entregar sua vida para que outros pecadores ouçam as verdades contidas nos evangelhos. O avivamento, ao contrário dos movimentos, é uma obra realizada por Cristo em sua Igreja, ao mesmo tempo em que chama o homem a sua responsabilidade.

Já os movimentos chamam o homem em seu emocional. Pregações são realizadas para despertar o instinto de salvação que existe no homem, mas sem que exista um real comprometimento com a Palavra de Deus. Pregações que levam o homem ao êxtase espiritual, mas que não trazem mudança de vida. Mensagens, que de fato, agradam ao homem e dizem aquilo que ele quer ouvir, mas que não alertam o homem quanto ao perigo do inferno.

A mensagem concebida pelos movimentos prega bênçãos para vida presente, mas não transforma para vida futura.

A verdadeira mensagem da cruz foi deixada nos púlpitos do passado e lá esquecida, porque o que é propagado nos púlpitos desses movimentos é uma mensagem antropocêntrica, colocando Deus a serviço do homem e de suas necessidades, quando na realidade Deus é superior a tudo isso e apesar de tudo continuará sempre sendo Deus, o que nos faz mais uma vez lembramos o profeta Habacuque quando diz:
Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor e louvarei a Deus, o meu Salvador. O Senhor Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro.(3:17-19 – NTLH)



A DEUS, E SOMENTE A DEUS, SEJA DADA TODA GLÓRIA!!!!










sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O SÍMBOLO DA CRUZ II

E quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. (Mateus 10:38).

A cruz, sem dúvida, é o símbolo máximo do cristianismo. Não existe cristianismo sem cruz. Porém, parece que os cristãos, a cada dia que passa mais e mais se afastam da cruz e daquilo que ela significa.

A cruz, hoje em dia, é vista mais como um ornamento do quê como símbolo de entrega e negação pessoal. Vemos na cruz um adereço de moda, no entanto, não mais percebemos que a cruz significa santificação, sacrifício, redenção. A cruz, na realidade, mais que tudo, simboliza reconciliação e salvação para todos aqueles que decidirem crer em Sua salvação.

Nesses tempos de evangelho da conveniência, onde se ensina a determinar o que Deus deva fazer para agradar as criaturas, onde se ensina a barganhar as bênçãos em troca de dízimos e ofertas, num verdadeiro toma–lá–dá-cá; ainda não conseguimos aprender que a cruz aponta para a reconciliação com Deus, como diz em Efésios 2:16: “E reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.”.

Hoje em dia se proclama um evangelho de prosperidades financeiras, ao invés de mostrar o evangelho do caminho difícil, mas que conduz à vida eterna. Proclama-se o evangelho hedonista e antropocêntrico, onde Deus está a serviço do homem, quando na realidade o homem é quem deveria servir a Deus.

Deus, por sua graça e misericórdia, decidiu reconciliar o homem através da morte de Jesus (cf. Rm. 5:10), ou seja, através da cruz, e tendo a cruz como referencia, Deus nos chamou para salvação; sem exigir nada de nós, mas nos dando a responsabilidade de ser testemunhas d’Ele.

Quando Cristo afirma: “e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.”, com certeza aponta para a responsabilidade que o homem tem de lutar por sua santidade e da incessante busca de se negar a si mesmo e aos seus desejos egoístas. Já em Gn. 4:7b, vemos Deus advertindo Caim: “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”. É a constante luta pela santidade.

Entendo a salvação como dom gratuito de Deus e sei que devemos andar no mundo com a certeza que a salvação depende exclusivamente d’Ele, mas ao mesmo tempo devo viver uma vida de santidade como se a salvação dependesse de mim.

Sei que
não é fácil, afinal o apóstolo Paulo afirmava: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.” (Rm 7:19). E Calvino, em seus muitos escritos, afiança que a luta pela santidade é longa e contínua, em verdade, ele prega, que é uma luta que nunca está concluída na vida presente, mas que deve ser travada com toda força. E eu completo que essa luta, que parece inglória, exatamente por ser permanente, é a mais gloriosa das batalhas (mesmo sendo a mais doída delas), pois é uma luta por amor a Cristo. Não deve ser uma luta por interesse de ganhar o céu, mas deve ser uma luta para glorificar a Deus por aquilo que Ele tem realizado em nossas vidas.

Finalmente (por enquanto), “tomar a sua cruz” é entender que não importa o que aconteça, Deus continuará sendo Deus e nada mudará esse fato, portanto, devemos glorificá-lo exatamente por isso.

Por que não fazer coro com Habacuque:

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”

ALELUIA!!!!

SOMENTE A DEUS SEJA DADA A GLÓRIA!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SER CRISTÃO

Após um longo periodo de afastamento obrigatório, pelos mais variados problemas eis que estamos regressando com texto que já havia sido publicado em um outro local, mas que por falta de material (ainda que não tenhamos deixado de escrever).


SER CRISTÃO

O que de fato é ser cristão?

Ser cristão é ir à igreja aos Domingos para assistir aos cultos e, ao mesmo tempo, não dar bom dia para o seu vizinho por que ele é um “pecador” que nem ao menos vai a igreja?

Não! Acho que isso não é ser cristão. O fato de alguém ir à igreja não faz dessa pessoa um cristão, mas é um bom começo para que ele se torne um.

Ser cristão, com certeza, é mais do que ir a igreja.

Ser cristão, com a mais absoluta certeza, é mais do que se dizer cristão.

Ser cristão, em verdade, é ser discípulo de Cristo e só fazer aquilo que Ele também faria.

Ser cristão (de verdade) é negar a si mesmo, tomar sua própria cruz e seguir ao Senhor (cf. Mt. 16.24); é não buscar seus próprios interesses; é não se envergonhar de testemunhar ao seu Senhor, se necessário com dando a própria vida em favor do Reino de Deus.

Ser cristão é se entregar ao senhorio de Jesus, crendo que pelo seu sacrifício fomos resgatados e, de forma gratuita, sem que merecêssemos, recebemos salvação e vida eterna; é entender que fomos salvos por que Deus nos amou mesmo que estivéssemos afastados d’Ele por conta de nossas transgressões e, como diz na Palavra: “Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto, que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus vocês são salvos”. (Ef.2.4, 5).

Ser cristão é reconhecer que é fraco e tem total dependência de Deus; é reconhecer a extrema miséria em que vive sem a Sua graça e misericórdia; é reconhecer que somos pecadores, assim como o cobrador de impostos de Lc. 18.13 e que tem extrema necessidade de ser perdoado de suas transgressões e de seus pecados, mas, ao mesmo, ser cristão é se arrepender de seus pecados e confessá-los ao Senhor, ao mesmo tempo em que roga pedindo para que Deus lhe dê forças para resistir ao pecado (Gn.4.7), resistir ao diabo mas, principalmente, resistir ao seu pior inimigo: ele mesmo!
Por fim, ser cristão é ter o caráter de Cristo, não se envolvendo e nem andando por caminhos duvidosos e obscuros, não compactuando com o pecado e com a impiedade, sendo transparente em todos os seus atos e em todos os momentos. Jonh Wooden, um grande homem de Deus, dizia: “Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é e reputação é apenas aquilo que os outros pensam que você é”.

Pense nisso e peça a Deus que aumente sua força e permita continuarmos em seus caminhos.


A DEUS SEJA DADA TODA GLÒRIA!!!