sexta-feira, 26 de março de 2010

Sou salvo?


Sou salvo?

A algum tempo atrás, um discípulos de Armínio, acusava a doutrina da eleição de não “moldar o verdadeiro caráter do crente” (sic). Ele dizia que “dar a certeza” de salvação é dar autorização para o crente pecar (sic). Ele tinha certeza que o crente que tem certeza de sua salvação é o crente que não luta por sua salvação (sic).
Na época fiquei indignado com tais afirmativas, mais ainda por se tratar de um professor de seminário. No entanto, após acalorado debate, fui obrigado a lembrar que Jacobo Armínio também foi professor de seminário. Lembrei também que o próprio apóstolo Paulo em reação a similar acusação, de que a doutrina da justificação pela fé estimularia o pecado, lança a seguinte pergunta: “Permaneceremos no pecado, para que a graça se destaque?”. E prossegue: “De modo nenhum. Nós que morremos para o pecado, como ainda viveremos nele?” (Rm. 6:1-2).
É verdade! Como nós, que sinceramente nos voltamos para Cristo, como nosso Senhor e Salvador, podemos querer desprezar tudo aquilo que Ele fez e voltar ao pecado? Como nós que abraçamos uma fé sincera, sendo gratos por seu enorme sacrifício, poderemos retornar a condição de inimigos de Deus?
A verdade é que aquele que realmente foi tocado pelo Santo Espírito não tem prazer no pecado, na verdade ele luta com todas suas forças para escapar das tentações e dos pecados. E isso acontece porque a justificação que recebemos produz santificação, ao mesmo tempo que nos conduz a uma tenaz luta por santidade. Essa é, sem dúvida, uma marca de quem escapou da condenação, ou se preferirem: essa é a marca do salvo.
Contudo fique claro que não é o homem quem luta por regeneração pessoal, mas é o próprio Espírito quem regenera e trás salvação. Um claro exemplo está na história de Zaqueu que mostra que só depois da intervenção do Senhor é que aquele homem pecador, se transformou.
O apóstolo Paulo, usado pelo Espírito Santo, escreveu aos efésios que “estávamos mortos em nossas transgressões e pecados”, então fica a pergunta: como pode um morto lutar pelo que quer que seja?
A regeneração, de fato, é o reviver que o Espírito trás para nossas vidas. É Deus nos fazendo renascer para Ele mesmo. Jesus, em Jo. 3, fala de maneira clara para Nicodemos que para “ver o Reino de Deus” (salvação) é necessário “nascer de novo” (ser regenerados) e ainda completa: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.” (Jo. 3:5-6). É absolutamente claro que só Deus pode fazer nascer do Espírito.
A regeneração é, sem dúvida, graça derramada sobre nós, que traz transformação, mudança na disposição da alma e que faz com que nosso coração se incline para Deus. A regeneração dá um fruto especial ao homem, a FÉ. Porque a regeneração é antecessora da fé.
A regeneração nos trás para um nascimento, um nascimento que envolve e empurra em direção a santificação, que, na realidade, é o crescimento da maturidade espiritual, experimentados por nós em nosso caminhar com Deus.
A regeneração nos muda num estalar de dedos. A santificação é um aperfeiçoar diário na luta contra o pecado, no entanto, estando sempre na dependência de Deus.
Deus nos dá forças para fugir das tentações e do pecado, mas exige vigilância e constante luta.
Ter certeza de salvação é importante para que o homem possa louvar ao “Deus da minha salvação” (cf. Hc. 3.18), para que o homem possa se alegra, como Jó se alegrou, dizendo: “Eu te conhecia de ouvir; mas agora meus olhos te vêem” (Jó 42.5), ou ainda, falar como Jonas: “Ao Senhor pertence a salvação.” (Jn. 2:9c).



A DEUS E SOMENTE A ELE SEJA DADA TODA GLÓRIA!!!

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