sábado, 6 de março de 2010

MÚSICA GOSPEL?

MÚSICA GOSPEL?

Sempre, em todo tempo, a Igreja cristã tem sido alvo das investidas dos inimigos de Deus e da verdade. Já nos tempos dos Apóstolos vemos o combate, por parte deles, contra as mais diversas formas de heresias.

Durante os séculos teorias foram surgindo e se insurgindo contra Cristo e Sua Igreja. Mas a verdade contida nas Palavras e na promessa de Jesus, registrado em Mt. 16:18, se torna a cada dia mais consistente, não fora assim e o cristianismo não mais existiria.

A luta apologética se travou em todos os tempos, e pelos mais diversos homens, realmente tementes a Deus. Homens que abraçaram a fé, mas decidiram não abraçar uma fé cega, ao contrário, esses homens decidiram buscar entender e, simultaneamente, explicar de forma coerente e inteligente tudo a respeito de Deus.

Após a morte do último dos Apóstolos, homens se levantaram para defender o cristianismo de ameaças internas, como o gnosticismo, o montanismo, além de sérias ameaças externas impetradas por escritores e oradores muito respeitados, como por exemplo: Fronto, Tácito, Porfírio e especialmente o filósofo pagão Celso, que detinha os favores do imperador Marco Aurélio. Mas Deus levantou os homens que poderiam defender a fé cristã desses ataques. Não destacarei nenhum nome, mesmo porque todos foram importantíssimos.

Mas durante todos esses séculos, nunca o ataque foi tão forte como atualmente. Aqui mesmo no Brasil, a Igreja tem experimentado uma enorme gama de falsos ensinamentos. São as mais diversas heresias, que disfarçadas com ares de doutrina, vão invadindo nossas igrejas (até mesmo as igrejas chamadas de tradicionais).

Grande parte dessas heresias vem acompanhada de melodias e são cantadas em nossas igrejas como se fossem louvores a Deus. Contudo, devemos atentar que a palavra “louvor” significa elogiar, exultar, enaltecer, bendizer, glorificar, e esses “louvores”, em sua maioria são totalmente antropocêntricos.

A bem da verdade: nossos cultos são antropocêntricos, fazemos cultos pensando no auditório e não em Deus. Temos liturgias hedonistas e hoje os crentes são “extravagantes”, “querem ser restituídos”, “determinam” prosperidade e cura, muitas vezes chegam erotizar a relação com Deus.

Esses falsários do evangelho têm transformado o Deus Todo poderoso em “gerente” das bênçãos que eles dizem ter direito. Transformam o Senhor em mercador de benção, onde se pode conquistar caprichos pessoais.

Porém, algo surge como explicação de todo esse emaranhado, a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), recentemente divulgou que a música gospel é o segundo gênero mais vendido no país. Segundo estimativas mais recentes, o mercado da musica gospel tem mais de 50 milhões de ouvintes, fazendo movimentar algo em torno de R$ 1 bilhão por ano.

A música gospel, que antes era marginalizada e restrita apenas às igrejas, hoje, chega às grandes gravadoras, como a Sony Music, que contratou diversos cantores evangélicos e se lança com força total neste segmento fonográfico.

Seguindo o exemplo de grandes nomes da música secular, esses “adoradores” têm levado seus shows “onde o povo está”, mas não sem deixar de cobrar ingressos. Chegam a lotar ginásios esportivos com seus espetáculos, jogos de luzes e muita tietagem. Ali as pessoas vão para vê-los e eles são o centro de todas as atenções. Cantam “louvores” a Deus, mas não fazem d’Ele o centro daquele espetáculo.

E mais uma vez constatamos que as filosofias Iluminista, hedonista, o humanismo, tem invadido nossos dias e nossas mentes com falsas promessas de que temos o direito de experimentar todas as coisas. Que, por ter-nos sido dado o domínio de todas as coisas, tudo podemos fazer e experimentar.

Por conta de orgulho pessoal e da necessidade de parecer bem sucedidos, de parecer ser vitoriosos perante os homens e o mundo, está geração, mais do que qualquer outra, tem se afastado da verdadeira mensagem da cruz. Tem se afastado do caminho traçado por Jesus e seus discípulos. Tem se afastado do caminho percorrido por homens como Orígenes de Alexandria, Agostinho de Hipona, John Bunyan, Martinho Lutero, João Calvino, David Brainerd e tantos outros homens de Deus, que por vezes deram a própria vida em favor do evangelho.

Homens como Policarpo de Esmirna, que aos oitenta anos, foi-lhe mandado renegar o nome de Jesus, ou então iria para a Arena ser comido por leões, e como resposta ele disse: “Nestes meus oitenta anos Jesus nunca me fez mal algum, então como posso negá-lo? Prefiro morrer a negar seu nome.”.

Precisamos de mais Policarpos. Precisamos de mais humildade e submissão a vontade de Deus. Precisamos ser mais cristãos e menos “adoradores”.

É isso! O que nós precisamos é ser verdadeiros adoradores. Como diz em Jo. 4:23-24: “Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade.” (NTLH).



A DEUS E SOMENTE A ELE SEJA DADA TODA GLÓRIA!!!

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