sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O SÍMBOLO DA CRUZ II

E quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. (Mateus 10:38).

A cruz, sem dúvida, é o símbolo máximo do cristianismo. Não existe cristianismo sem cruz. Porém, parece que os cristãos, a cada dia que passa mais e mais se afastam da cruz e daquilo que ela significa.

A cruz, hoje em dia, é vista mais como um ornamento do quê como símbolo de entrega e negação pessoal. Vemos na cruz um adereço de moda, no entanto, não mais percebemos que a cruz significa santificação, sacrifício, redenção. A cruz, na realidade, mais que tudo, simboliza reconciliação e salvação para todos aqueles que decidirem crer em Sua salvação.

Nesses tempos de evangelho da conveniência, onde se ensina a determinar o que Deus deva fazer para agradar as criaturas, onde se ensina a barganhar as bênçãos em troca de dízimos e ofertas, num verdadeiro toma–lá–dá-cá; ainda não conseguimos aprender que a cruz aponta para a reconciliação com Deus, como diz em Efésios 2:16: “E reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.”.

Hoje em dia se proclama um evangelho de prosperidades financeiras, ao invés de mostrar o evangelho do caminho difícil, mas que conduz à vida eterna. Proclama-se o evangelho hedonista e antropocêntrico, onde Deus está a serviço do homem, quando na realidade o homem é quem deveria servir a Deus.

Deus, por sua graça e misericórdia, decidiu reconciliar o homem através da morte de Jesus (cf. Rm. 5:10), ou seja, através da cruz, e tendo a cruz como referencia, Deus nos chamou para salvação; sem exigir nada de nós, mas nos dando a responsabilidade de ser testemunhas d’Ele.

Quando Cristo afirma: “e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.”, com certeza aponta para a responsabilidade que o homem tem de lutar por sua santidade e da incessante busca de se negar a si mesmo e aos seus desejos egoístas. Já em Gn. 4:7b, vemos Deus advertindo Caim: “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”. É a constante luta pela santidade.

Entendo a salvação como dom gratuito de Deus e sei que devemos andar no mundo com a certeza que a salvação depende exclusivamente d’Ele, mas ao mesmo tempo devo viver uma vida de santidade como se a salvação dependesse de mim.

Sei que
não é fácil, afinal o apóstolo Paulo afirmava: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.” (Rm 7:19). E Calvino, em seus muitos escritos, afiança que a luta pela santidade é longa e contínua, em verdade, ele prega, que é uma luta que nunca está concluída na vida presente, mas que deve ser travada com toda força. E eu completo que essa luta, que parece inglória, exatamente por ser permanente, é a mais gloriosa das batalhas (mesmo sendo a mais doída delas), pois é uma luta por amor a Cristo. Não deve ser uma luta por interesse de ganhar o céu, mas deve ser uma luta para glorificar a Deus por aquilo que Ele tem realizado em nossas vidas.

Finalmente (por enquanto), “tomar a sua cruz” é entender que não importa o que aconteça, Deus continuará sendo Deus e nada mudará esse fato, portanto, devemos glorificá-lo exatamente por isso.

Por que não fazer coro com Habacuque:

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”

ALELUIA!!!!

SOMENTE A DEUS SEJA DADA A GLÓRIA!

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