IGREJA COM PROPÓSITO X PROPÓSITO DA IGREJA
Não é minha real intenção criticar qualquer tipo de modelo para crescimento da igreja. No entanto, já não podemos fechar os olhos para a realidade que ronda nossas igrejas.
Movimentos e modismos têm penetrado de forma sorrateira em nossas igrejas e, “pequenas” heresias, acabam sendo admitidas para não “assustar aqueles que estão chegando agora”.
Nesses últimos tempos, o evangelho que se tem pregado, não é o evangelho do arrependimento, da submissão à vontade de DEUS; ao contrário, pregam que DEUS é amor, e que por conta disso, perdoa tudo e a todos. Eu sei que, de fato, DEUS perdoa tudo e a todos (até porque ninguém é livre de “cair”), mas DEUS perdoa aquele que realmente se arrepende e se converte de seus maus caminhos.
Nestes últimos tempos, o evangelho que se tem pregado é o evangelho das facilidades, dos “merecimentos”, das “trocas e negociações”; da prosperidade e do triunfalismo.
Em nossas igrejas, os pregadores não ensinam DEUS como o centro de todas as coisas; não ensinam o DEUS ÚNICO E SOBERANO. Ao DEUS onisciente que sabe e conhece todas as coisas, sonda nossos corações e sabe de todas as nossas intenções. Ao contrário, nesses últimos tempos tem sido pregado o homem como centro de todas as coisas, e que Deus é um ser passivo a espera da decisão do homem. Nesses últimos tempos tem se pregado um homem absoluto, com Deus a serviço dos seus interesses e vontades.
Os atuais líderes da igreja têm se esmerado em buscar textos que avalizem suas palavras fáceis e açucaradas, mas que não traduzem a realidade da necessidade que temos de um Redentor. Buscam palavras que os possa fazer simpáticos e queridos. Palavras de deixem suas igrejas cheias de homens e mulheres, que na realidade continuam com os corações vazios e sem DEUS. Como Balaão, buscam lucros e um lugar ao lado do rei, mas não buscam a verdade e estar ao lado do Rei.
Porém, no caminho contrário a Balaão, estavam os profetas e João Batista, que pregavam o arrependimento, e por isso mesmo eram odiados pelos poderosos e pelos ímpios. Também, no caminho contrário, estava o Senhor Jesus, que não apenas pregou o arrependimento, como mandou que seus discípulos pregassem (Mc.1.15; Mt. 4.17; 10.7; Lc. 10.9; 24.47).
Hoje, contrariamente aquilo que Jesus ensinou, nossos líderes arquitetam as mais diversas teorias para o crescimento da igreja. Trazendo mensagens adocicadas e que fazem dos cultos um espetáculo agradável a todos os pecadores e a todos aqueles que não querem se converter de verdade, que querem apenas dar uma satisfação às suas consciências pesadas.
Arquitetam teorias de crescimento da igreja, mas excluem aquilo que já nos foi ensinado por Jesus e pelos Apóstolos, sobre crescimento e expansão do Reino de Deus. Eles nos ensinaram que o verdadeiro crescimento só se dá quando é pregado o verdadeiro evangelho; quando é pregado o evangelho do arrependimento e da graça.
Os apóstolos pregavam o arrependimento e a ressurreição, e “acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (At. 2.47). Também os grandes avivalistas pregaram o arrependimento, e multidões se rendiam ao poder do Cristo ressurreto. Só o evangelho, pregado em sua pureza e integridade, pode transformar homens em pecadores arrependidos.
Mas nossos estrategistas em evangelismo escondem o Evangelho de Cristo, assim como a Igreja Católica o fez por tanto tempo, e deixam de pregar de arrependimento.
E talvez o arrependimento não mais seja pregado, para que não sejamos taxados de fundamentalistas, antiquados e antipáticos.
Tentam nos fazer crer que a real necessidade está na modernização, na necessidade de sermos mais abertos, para atrair o mundo. E se for preciso, algumas concessões serão feitas. Jesus, porém, não fazia concessões (ver Mt. 8.19-22); apontava caminhos (ver Lc. 13.3)!
Em nossos púlpitos tem sido mostrada a face das dádivas e tem se pregado as grandes vitórias; todavia, nada se fala do Tribunal que está montado e aguardando a cada um de nós; nada se fala sobre o inferno, que está de “boca” aberta esperando aos milhares de milhões que ali vão cair.
Mas, eis que a Palavra de DEUS nos diz: “Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto. Porque assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.” (Ez. 34.10,11).
Por isso se faz urgente que voltemos às nossas raízes, às raízes do verdadeiro evangelho. É imperioso que nos escondamos atrás da cruz de Cristo, para que Ele apareça, e seja restabelecida a Luz da verdade.
SOMENTE A DEUS SEJA DADA A GLÓRIA!!!