De que toca saiu esse coelho? (I)
PÁSCOA DE OSTERA
A Páscoa é, talvez, uma das datas mais esperadas pelo
comércio. Especialmente o comércio de chocolates.
Para os “devoradores de chocolate” é a data perfeita para
comer sem discriminação e sem recriminação de espécie alguma. Para os mais
gordinhos e aqueles adeptos de regimes, no entanto, é uma data de “suplícios”,
"martírio" e "sacrifícios" pois a tentação dos ovos de chocolate
é quase incontrolável.
Também os pequenos aguardam com grande ansiedade pelo
“coelhinho” que irá lhes trazer muitos ovinhos.
Tudo é festa! Que linda e maravilhosa festa! Páscoa a festa
do coelho, dos ovos, dos chocolates e de...
Ei! mas, espera um pouco; a Páscoa realmente é isso? A
Páscoa é a festa de um coelho que bota ovos de chocolate?
E a resposta é simples. Não! Claro que a Páscoa não é isso.
A Páscoa, na realidade, deveria ser a comemoração maior do
cristianismo, já que nessa data é comemorado ato supremo do amor de Deus por
seus eleitos. È exatamente nessa data que comemoramos o momento em que Jesus de
Nazaré ressuscita dentre os mortos e, vencendo a morte, nos dá livre acesso
junto ao Trono de Deus.
Portanto, a Páscoa é, na verdade, o símbolo de vida eterna.
Vida esta conquistada pelo próprio Deus para resgatar e reaproximar todo aquele
que n’Ele crê, exatamente como está escrito em Jo 1.12.
Entretanto, é mister não esquecer que a Páscoa já era
comemorada pelo povo hebreu no período anterior ao nascimento do Cristo-Jesus. Para
o povo de Israel, na verdade, a Páscoa é uma das três festas de maior
importância, em seu calendário religioso.
Devemos recordar que a festa foi instituída pelo próprio
Deus, como memorial de quando o povo saiu do Egito. Moises, no livro de Êxodo,
nos conta que o povo hebreu havia se tornado escravo do Egito, e que o Senhor,
ouvindo o clamor do povo, enviou Moises para ir buscar o povo e conduzi-lo até
a terra que já havia sido prometida a Abraão, Isaque e Jacó. Sabemos que Faraó
não permitiu a saída do povo, mas Deus com mão forte, resgatou o Seu povo do
Egito. Como memorial desse feito Deus instituiu a Páscoa, que seria celebrada a
cada ano, para que todas as gerações pudessem aprender das maravilhas que o
Senhor havia realizado em favor de Seu povo.
Portanto, a Páscoa já era comemorada, pelo povo hebreu,
desde o êxodo do Egito. Naquele tempo, a Páscoa instituída, era comemorada com
a morte de um cordeiro ou cabrito, de um ano, sem mácula e que fosse perfeito
(cf. Êx. 12.5). Na prática, esta comemoração já apontava para evento maior e
definitivo que seria realizado com o sacrifício de Cristo. Devemos recordar que
João Batista, apontando para Jesus, afirmou "Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo." (Jo.1.29). Poderíamos lembrar, ainda, muitos
outros textos onde Jesus é comparado com um cordeiro. Mas, entretanto, não
podemos nos esquecer que o apóstolo Paulo, I Co.5.7, se refere a Jesus dizendo:
"Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. "; e em
outro texto a apóstolo Pedro diz: "Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de
Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado." (I Pe. 1.18-19).
Sem duvidas que devemos admitir que a Bíblia nos desvenda
uma das páginas mais sublimes de amor, ao mostrar que a Páscoa foi a forma de
Deus usar toda sua misericórdia para salvar um povo escolhido por Ele mesmo.
O texto de Êxodo 12, onde é instituída e detalhada a Páscoa
do Senhor, lá no Antigo Testamento, nos fala e nos mostra de forma riquíssima
como Deus usou naquele momento, e como ainda iria usaria mais tarde, de sua
Misericórdia para aplacar sua Justiça.
Também é maravilhoso perceber que quando Deus fala, Deus
cumpre. Lá em Êx. 12.46, Deus diz: "Numa casa se comerá; não levarás
daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso."; e depois em Jo.
19.33,36, o Evangelista nos confirma que, de fato, nenhum osso do Cordeiro foi
quebrado, porque também esta escrito: “Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem
sequer um deles se quebra.” (Sl. 34:20).
Sei que por haver escrito de maneira tão resumida o brilho
maravilhoso dessa história fica um tanto quanto ofuscada, mas ainda assim, por
sabermos que é abreviada, percebemos que seu brilho é muito maior e muito mais
belo. E que por si só já teria motivos suficientes para nos fazer celebrar com
júbilos essa História; por isso fica a dúvida: De onde aparece esse coelho?
SOMENTE
A DEUS SEJA DADA GLÓRIA!
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