terça-feira, 8 de abril de 2014

De que toca saiu esse coelho? (I)

De que toca saiu esse coelho? (I)

PÁSCOA DE OSTERA

A Páscoa é, talvez, uma das datas mais esperadas pelo comércio. Especialmente o comércio de chocolates.

Para os “devoradores de chocolate” é a data perfeita para comer sem discriminação e sem recriminação de espécie alguma. Para os mais gordinhos e aqueles adeptos de regimes, no entanto, é uma data de “suplícios”, "martírio" e "sacrifícios" pois a tentação dos ovos de chocolate é quase incontrolável.

Também os pequenos aguardam com grande ansiedade pelo “coelhinho” que irá lhes trazer muitos ovinhos.

Tudo é festa! Que linda e maravilhosa festa! Páscoa a festa do coelho, dos ovos, dos chocolates e de...

Ei! mas, espera um pouco; a Páscoa realmente é isso? A Páscoa é a festa de um coelho que bota ovos de chocolate?

E a resposta é simples. Não!  Claro que a Páscoa não é isso.

A Páscoa, na realidade, deveria ser a comemoração maior do cristianismo, já que nessa data é comemorado ato supremo do amor de Deus por seus eleitos. È exatamente nessa data que comemoramos o momento em que Jesus de Nazaré ressuscita dentre os mortos e, vencendo a morte, nos dá livre acesso junto ao Trono de Deus.

Portanto, a Páscoa é, na verdade, o símbolo de vida eterna. Vida esta conquistada pelo próprio Deus para resgatar e reaproximar todo aquele que n’Ele crê, exatamente como está escrito em Jo 1.12.

Entretanto, é mister não esquecer que a Páscoa já era comemorada pelo povo hebreu no período anterior ao nascimento do Cristo-Jesus. Para o povo de Israel, na verdade, a Páscoa é uma das três festas de maior importância, em seu calendário religioso.

Devemos recordar que a festa foi instituída pelo próprio Deus, como memorial de quando o povo saiu do Egito. Moises, no livro de Êxodo, nos conta que o povo hebreu havia se tornado escravo do Egito, e que o Senhor, ouvindo o clamor do povo, enviou Moises para ir buscar o povo e conduzi-lo até a terra que já havia sido prometida a Abraão, Isaque e Jacó. Sabemos que Faraó não permitiu a saída do povo, mas Deus com mão forte, resgatou o Seu povo do Egito. Como memorial desse feito Deus instituiu a Páscoa, que seria celebrada a cada ano, para que todas as gerações pudessem aprender das maravilhas que o Senhor havia realizado em favor de Seu povo.

Portanto, a Páscoa já era comemorada, pelo povo hebreu, desde o êxodo do Egito. Naquele tempo, a Páscoa instituída, era comemorada com a morte de um cordeiro ou cabrito, de um ano, sem mácula e que fosse perfeito (cf. Êx. 12.5). Na prática, esta comemoração já apontava para evento maior e definitivo que seria realizado com o sacrifício de Cristo. Devemos recordar que João Batista, apontando para Jesus, afirmou "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (Jo.1.29). Poderíamos lembrar, ainda, muitos outros textos onde Jesus é comparado com um cordeiro. Mas, entretanto, não podemos nos esquecer que o apóstolo Paulo, I Co.5.7, se refere a Jesus dizendo: "Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. "; e em outro texto a apóstolo Pedro diz: "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado." (I Pe. 1.18-19).

Sem duvidas que devemos admitir que a Bíblia nos desvenda uma das páginas mais sublimes de amor, ao mostrar que a Páscoa foi a forma de Deus usar toda sua misericórdia para salvar um povo escolhido por Ele mesmo.

O texto de Êxodo 12, onde é instituída e detalhada a Páscoa do Senhor, lá no Antigo Testamento, nos fala e nos mostra de forma riquíssima como Deus usou naquele momento, e como ainda iria usaria mais tarde, de sua Misericórdia para aplacar sua Justiça.

Também é maravilhoso perceber que quando Deus fala, Deus cumpre. Lá em Êx. 12.46, Deus diz: "Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso."; e depois em Jo. 19.33,36, o Evangelista nos confirma que, de fato, nenhum osso do Cordeiro foi quebrado, porque também esta escrito: “Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.” (Sl. 34:20).

Sei que por haver escrito de maneira tão resumida o brilho maravilhoso dessa história fica um tanto quanto ofuscada, mas ainda assim, por sabermos que é abreviada, percebemos que seu brilho é muito maior e muito mais belo. E que por si só já teria motivos suficientes para nos fazer celebrar com júbilos essa História; por isso fica a dúvida: De onde aparece esse coelho?

 E, agora, nesta oportunidade o nosso maior interesse está voltado em descobrir de que toca sai esse coelho e os seus ovos. Afinal, não há na Bíblia nenhuma referência a coelhos ou a ovos, entretanto, com grande peso no coração, temos percebido que ultimamente o coelho tem mais popularidade e é mais desejado do que o Cordeiro que pode nos dar vida eterna.  (continua...)

SOMENTE A DEUS SEJA DADA GLÓRIA!

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