sexta-feira, 11 de abril de 2014

De que toca saiu esse coelho? (III)

De que toca saiu esse coelho? (III)

PÁSCOA DE OSTERA

FINAL

Como já afirmamos anteriormente, não temos a pretensão de realizar uma pesquisa totalmente voltada às festas pastoris do período de Primavera. Ao contrário, nossa pesquisa está voltada apenas ao fato de querermos saber de que “toca” saiu o “Coelho de páscoa”, e com ele os ovos. E nesse sentido, após conhecer a estória de Ostara, percebemos que os símbolos “tradicionais” da páscoa comercial (o coelho e os ovos) estão absolutamente ligados às religiões pagãs dos povos europeus; não tendo nada a ver com o ato sacrificial de Jesus em nosso favor.

Não quero com isso dizer que não devemos comer chocolate, e nem quero demonizar a páscoa comercial, mas é importante que, antes de tudo, tenhamos a consciência de que essa festividade, promovida pelo comércio do chocolate, nada tem haver com o verdadeiro sentido da Páscoa cristã.

Mas, principalmente, gostaria de chamar atenção para o fato de não estarmos dando a devida atenção aos verdadeiros valores cristãos.

Mais do que chocolates devemos dar aos nossos filhos, sobrinhos e netos a verdadeira razão da Páscoa, que é a esperança da ressurreição e da vida eterna, que está em Cristo-Jesus, o nosso Senhor. Devemos ter Deuteronômio 6.20-23, muito claro em nossas mentes e ensiná-los, assim como dizem as santas Escrituras, “que Cristo morreu por nossos pecados” (cf. I Co.15.3), “e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia” (cf. I Co.15.4) e que “Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem." (I Co. 15.20).  

Devemos mostrar que a importância da Páscoa para as nossas vidas e para os nossos destinos não está no coelho, ou nas guloseimas; mas está naquele que foi feito maldição para que fossemos resgatados e aceitos por Deus, o Pai.

Talvez, melhor mesmo seja mostrar, com nossas atitudes e exemplo, que a Páscoa, antes de ser uma festa recheada de chocolates, deve ser uma celebração de ação de Graça por tudo aquilo que Deus fêz em nosso favor.

Éramos, e ainda somos, absolutamente incapazes de obter a salvação por nós mesmos, mas Ele se sacrificando, se tornou oferta de cheiro suave, para nos resgatou e nos conduziu  ao retorno da comunhão com Ele mesmo, como diz em Is. 35.10: “E os resgatados do SENHOR voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.”. Não éramos capazes de optar pela salvação porque estávamos mortos (cf. Ef. 2.1), mas Ele nos fez novas criaturas (cf. II Co. 5.17) e, nós que antes éramos estrangeiros e forasteiros, fomos tornados da família de Deus (cf. Ef. 2.19). Nós que antes servíamos ao pecado, fomos tornados "irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai" (I Ts. 3.13) e nos elevou a condição de filhos por adoção (cf. Gl. 4.5).

Devemos, sim, festejar a Páscoa. Porém, não devemos festejá-la como aqueles povos pagãos da antiguidade, que é o mesmo festejo dos wiccas da atualidade; nem devemos festejar como os semitas do período pré mosaico.

Não devemos festejar nem mesmo com aquele sentido que é dado pelo povo judeu, mas entendendo aquele fato como uma figura do que ainda viria e que seria muito superior a tudo isso, como diz em Hebreus 9. 24-26: "Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; de outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.".

Entretanto, devemos festejar porque "Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz." (Cl. 2.12- 14). Devemos, sim, comemorar porque o Senhor nos livrou dos nossos pecados e da morte, como diz em Jr. 31.11 “Porque o SENHOR resgatou a Jacó, e o livrou da mão do que era mais forte do que ele.”.

Uma coisa, porém, devemos reconhecer: se os pagão comemoravam a vida que ressurgia com a Primavera, muito mais nós devemos ter a alegria em comemorar a vida que ressurge. Porque não se trata de uma vida fugaz e efêmera, como aquela festejada pelos pagãos, mas, trata-se de uma vida abundante, como aquela que foi pregada por Jesus em Jo.10.10.
A Páscoa é a certeza da nova vida, que nos é dada por Jesus, para que possamos vive-la em comunhão com Ele; "pois com Ele morremos e com Ele vivemos" (cf. II Tm. 2.11), como bem proclama o apóstolo Paulo quando diz: “Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” (Cl.3:3). Nossa esperança, portanto deve estar voltada para vida eterna que Ele nos prometeu (cf. Tt. 1.2), não importando os agravos que porventura venhamos sofrer, pois, “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (I Co. 15:19).

Jesus, é mais do que nossa esperança, é a certeza do amor de Deus por nós (cf. Rm. 5.8). É a certeza que um dia estaremos na nova Jerusalém, e que lá "Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." (Ap. 21.4); e que Aquele que está sentado no Trono nos dirá "Eis que faço novas todas as coisas." (Ap. 21.5).

Mas, não se engane porque Ele é o mesmo que diz: "Certamente cedo venho. Amém." E nós em coro dizemos "Ora vem, Senhor Jesus." (Ap.22.20).

FELIZ PÁSCOA RESSURREIÇÃO!


SOMENTE A DEUS SEJA DADA GLÓRIA!

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