De
que toca saiu esse coelho? (III)
PÁSCOA
DE OSTERA
FINAL
Como
já afirmamos anteriormente, não temos a pretensão
de realizar uma pesquisa totalmente voltada às festas
pastoris do período de Primavera. Ao contrário,
nossa pesquisa está voltada apenas ao fato de
querermos saber de que “toca” saiu o “Coelho
de páscoa”, e com
ele os ovos. E nesse sentido, após conhecer a estória
de Ostara, percebemos que os símbolos “tradicionais”
da páscoa comercial (o coelho e os
ovos) estão absolutamente ligados às
religiões pagãs
dos povos europeus; não tendo nada a ver com o ato
sacrificial de Jesus em nosso favor.
Não
quero com isso dizer que não devemos comer chocolate, e nem
quero demonizar a páscoa comercial, mas é
importante que, antes de tudo, tenhamos a consciência de
que essa festividade, promovida pelo comércio do
chocolate, nada tem haver com o verdadeiro sentido da Páscoa
cristã.
Mas,
principalmente, gostaria de chamar atenção para o
fato de não estarmos dando a devida atenção
aos verdadeiros valores cristãos.
Mais
do que chocolates devemos dar aos nossos filhos, sobrinhos e netos a verdadeira
razão da Páscoa,
que é a esperança
da ressurreição e da vida eterna, que está
em Cristo-Jesus, o nosso Senhor. Devemos ter Deuteronômio
6.20-23, muito claro em nossas mentes e ensiná-los,
assim como dizem as santas Escrituras, “que
Cristo morreu por nossos pecados” (cf. I Co.15.3), “e
que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia”
(cf. I Co.15.4) e que “Cristo ressuscitou dentre os
mortos, e foi feito as primícias dos que dormem." (I Co.
15.20).
Devemos
mostrar que a importância da Páscoa
para as nossas vidas e para os nossos destinos não está
no coelho, ou nas guloseimas; mas está naquele
que foi feito maldição para que fossemos resgatados e
aceitos por Deus, o Pai.
Talvez,
melhor mesmo seja mostrar, com nossas atitudes e exemplo, que a Páscoa,
antes de ser uma festa recheada de chocolates, deve ser uma celebração
de ação de Graça
por tudo aquilo que Deus fêz em nosso favor.
Éramos, e
ainda somos, absolutamente incapazes de obter a salvação
por nós mesmos, mas Ele se sacrificando,
se tornou oferta de cheiro suave, para nos resgatou e nos conduziu ao retorno da comunhão
com Ele mesmo, como diz em Is. 35.10: “E os
resgatados do SENHOR voltarão; e virão
a Sião com júbilo,
e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças;
gozo e alegria alcançarão, e
deles fugirá a tristeza e o gemido.”.
Não éramos capazes
de optar pela salvação porque estávamos
mortos (cf. Ef. 2.1), mas Ele nos fez novas criaturas (cf. II Co. 5.17) e, nós
que antes éramos estrangeiros e forasteiros,
fomos tornados da família de Deus (cf. Ef. 2.19). Nós
que antes servíamos ao pecado, fomos tornados "irrepreensíveis
em santidade diante de nosso Deus e Pai" (I Ts. 3.13) e nos elevou a condição
de filhos por adoção (cf. Gl. 4.5).
Devemos,
sim, festejar a Páscoa. Porém,
não devemos festejá-la
como aqueles povos pagãos da antiguidade, que é
o mesmo festejo dos wiccas da atualidade; nem devemos festejar como os semitas
do período pré
mosaico.
Não
devemos festejar nem mesmo com aquele sentido que é
dado pelo povo judeu, mas entendendo aquele fato como uma figura do que ainda
viria e que seria muito superior a tudo isso, como diz em Hebreus 9. 24-26:
"Porque Cristo não entrou num santuário
feito por mãos, figura do verdadeiro, porém
no mesmo céu, para agora comparecer por nós
perante a face de Deus; nem também para a si mesmo se oferecer
muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário
com sangue alheio; de outra maneira, necessário lhe
fora padecer muitas vezes desde a fundação do
mundo. Mas agora na consumação dos séculos
uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício
de si mesmo.".
Entretanto,
devemos festejar porque "Sepultados com ele no batismo, nele também
ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o
ressuscitou dentre os mortos. E, quando vós estáveis
mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa
carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
havendo riscado a cédula que era contra nós
nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos
era contrária, e a tirou do meio de nós,
cravando-a na cruz." (Cl. 2.12- 14). Devemos, sim, comemorar porque o
Senhor nos livrou dos nossos pecados e da morte, como diz em Jr. 31.11 “Porque
o SENHOR resgatou a Jacó, e o livrou da mão
do que era mais forte do que ele.”.
Uma
coisa, porém, devemos reconhecer: se os pagão
comemoravam a vida que ressurgia com a Primavera, muito mais nós
devemos ter a alegria em comemorar a vida que ressurge. Porque não
se trata de uma vida fugaz e efêmera, como aquela festejada pelos
pagãos, mas, trata-se de uma vida
abundante, como aquela que foi pregada por Jesus em Jo.10.10.
A
Páscoa é
a certeza da nova vida, que nos é dada por Jesus, para que possamos
vive-la em comunhão com Ele; "pois com Ele
morremos e com Ele vivemos" (cf. II Tm. 2.11), como bem proclama o apóstolo
Paulo quando diz: “Porque já
estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” (Cl.3:3). Nossa esperança,
portanto deve estar voltada para vida eterna que Ele nos prometeu (cf. Tt. 1.2),
não importando os agravos que
porventura venhamos sofrer, pois, “Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis
de todos os homens.” (I Co. 15:19).
Jesus,
é mais do que nossa esperança,
é a certeza do amor de Deus por nós
(cf. Rm. 5.8). É a certeza que um dia estaremos na
nova Jerusalém, e que lá
"Deus limpará de seus olhos toda a lágrima;
e não haverá
mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já
as primeiras coisas são passadas." (Ap. 21.4); e
que Aquele que está sentado no Trono nos dirá
"Eis que faço novas todas as coisas."
(Ap. 21.5).
Mas,
não se engane porque Ele é
o mesmo que diz: "Certamente cedo venho. Amém."
E nós em coro dizemos "Ora vem,
Senhor Jesus." (Ap.22.20).
FELIZ
PÁSCOA RESSURREIÇÃO!
SOMENTE
A DEUS SEJA DADA GLÓRIA!