sábado, 3 de maio de 2014

A carnalidade do crente moderno.

A carnalidade do crente moderno.

“A natureza da salvação de Cristo é deploravelmente deturpada pelo evangelista de hoje. Eles anunciam um Salvador do inferno ao invés de um Salvador do pecado. E é por isso que muitos são fatalmente enganados, pois há multidões que desejam escapar do Lago de fogo e que não têm nenhum desejo de ficar livre da carnalidade e mundanismo .”  A. W. Pink.

Apesar da atualidade do texto, A. W. Pink o escreveu na primeira metade do século 20, porém é assustador perceber que apesar do alerta dado naquele tempo nada foi feito para modificar aquela situação, muito pelo contrário, o que hoje vemos é a banalização do Evangelho. Para a grande maioria dos crentes da atualidade o ser evangélico é apenas uma opção, sem que existam maiores consequências para suas vidas e sem necessidades de renuncias pessoais. Normalmente são pessoas que proclamam Jesus como o Senhor de suas vidas, no entanto, não arredam um milímetro em suas vontades e desejos pessoais. O pior é que ainda exigem as bênçãos de Deus, como se Deus estivesse a serviço deles.

Porém, é claro que o erro maior está nas lideranças, que ao invés de ensinar as verdades bíblicas, ‘ensinam’ como garantir e exigir as bênçãos divinas. Esses líderes não proclamam Sua justiça ou de Sua ira, falam apenas de Seu amor e misericórdia. Não mostram Deus em Sua integralidade e nem a totalidade de Seus atributos. Entretanto, devemos admitir que culpar única e tão somente as lideranças é algo sem sentido, afinal, a grande maioria preguiçosamente tem deixado de adotar o modelo dos bereianos, a própria Palavra de Deus afirma serem mais nobres que os de Tessalônica (At. 17.11), por estarem verificando se o que era ministrado correspondia às Escrituras.

Temos que em nossos dias, a grande maioria dos crentes, não tem interesse em estudar às Sagradas Letras e muito menos em analisar aquilo que é pregado por esses pseudos líderes, que tem se apresentado nos púlpitos das igrejas e que, de forma eloquente, tem pregado as maiores heresias sem que ninguém os confronte, ou incomode.

O certo é que o homem busca quem possa tirá-lo do inferno e que o abençoe materialmente, muito mais do que busca desviar-se de uma vida mundana e carnal, ou de andar na vontade do Senhor. E isso, sem duvidar em momento algum, afirmo que é consequência do liberalismo e do pós-modernismo que tem invadindo nossas igrejas.

É esse mesmo liberalismo e pós-modernismo, que tem invadido nossas igreja, o grande responsável pela produção dessa horda de pessoas interessadas apenas em si mesmas e em suas manifestações egoístas, mas que ao mesmo tempo estão absolutamente desinteressadas do verdadeiro Evangelho. Para eles Deus é apenas um “ser” que pode satisfazer seus desejos pessoais. E nada mais que isso.

O fato é que a verdadeira pregação do evangelho não encontra eco nesses tempos hedonistas, em que é mais importante as experiências pessoais, metafísicas e emocionais, do que a verdadeira experiência centrada e calcada na Palavra de Deus.

E, diante desses fatos, chegamos à conclusão que nossas igrejas estão sendo invadidas por pessoas que não dão importância a cruz de Cristo, nem em sua Palavra. São pessoas que acreditam que o fundamentalismo bíblico é exagero e fanatismo. São pessoas egoístas, que não tem compromisso com missões ou com evangelismo.

Entretanto, assim como dissemos anteriormente devemos agora, também, reconhecer que a maior parte da culpa realmente está na liderança. Porque essa liderança é podre desde seu nascedouro. Porque essa liderança não foi discipulada na sã doutrina, mas ao contrário, foi discipulada segundo os interesses pessoais de seus discipuladores.

Esta nova liderança que surge é fadada ao fracasso porque não busca discipular e ensinar o verdadeiro evangelho, ao contrário, esses falsos mestres tem buscado ‘contextualizar’ o evangelho e, com isso eles o tem mutilado. 

São falsos profetas que não proclamam a soberania de Deus, mas ensinam como “enquadrar” Deus para a realização de seus desejos pessoais. Não condenam o pecado, mas ensinam que Deus é amor e não nos deixará ter prejuízos, sejam eles materiais ou espirituais.  Não incentivam os fiéis a negar-se a si mesmos. Não ensinam que é através das tribulações que nos exercitamos para a santidade; e nem mostram que todas as coisas concorrem para bem daqueles que amam a Deus, ainda que não sejam aquelas que desejávamos, mas aquelas que Deus achou que deveríamos ter.

São ‘pregadores’ que mais do que pregar a Santa Palavra de Deus, realizam verdadeiros shows, para agradar sua plateia; e mais do que louvar a Deus, louvam a si mesmos. Na verdade, mais do que pregadores são animadores de auditório que além de irem, estão levando muitos ao inferno.

Porém, e acima de tudo, cremos que Deus (e apenas Ele) tem cuidado de sua igreja e restabelecerá a verdadeira pregação de seu evangelho. Que assim como será separado o trigo e o joio, também serão separados os falsos profetas e os servos fiéis. E que o Senhor tenha misericórdia de nós, nos perdoe todos os pecados e permita que não estejamos entre esses. Que o Senhor permita que estejamos entre os servos fiéis. E que quando sejam separadas as ovelhas dos bodes possamos estar entre as ovelhas, e sejamos habilitados a entrar no gozo de possuir as heranças que já nos estavam preparadas desde a fundação do mundo.

E que toda glória e honra seja somente a Ele que era, que é e para sempre será.


SOMENTE A DEUS A GLÓRIA!!!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

De que toca saiu esse coelho? (III)

De que toca saiu esse coelho? (III)

PÁSCOA DE OSTERA

FINAL

Como já afirmamos anteriormente, não temos a pretensão de realizar uma pesquisa totalmente voltada às festas pastoris do período de Primavera. Ao contrário, nossa pesquisa está voltada apenas ao fato de querermos saber de que “toca” saiu o “Coelho de páscoa”, e com ele os ovos. E nesse sentido, após conhecer a estória de Ostara, percebemos que os símbolos “tradicionais” da páscoa comercial (o coelho e os ovos) estão absolutamente ligados às religiões pagãs dos povos europeus; não tendo nada a ver com o ato sacrificial de Jesus em nosso favor.

Não quero com isso dizer que não devemos comer chocolate, e nem quero demonizar a páscoa comercial, mas é importante que, antes de tudo, tenhamos a consciência de que essa festividade, promovida pelo comércio do chocolate, nada tem haver com o verdadeiro sentido da Páscoa cristã.

Mas, principalmente, gostaria de chamar atenção para o fato de não estarmos dando a devida atenção aos verdadeiros valores cristãos.

Mais do que chocolates devemos dar aos nossos filhos, sobrinhos e netos a verdadeira razão da Páscoa, que é a esperança da ressurreição e da vida eterna, que está em Cristo-Jesus, o nosso Senhor. Devemos ter Deuteronômio 6.20-23, muito claro em nossas mentes e ensiná-los, assim como dizem as santas Escrituras, “que Cristo morreu por nossos pecados” (cf. I Co.15.3), “e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia” (cf. I Co.15.4) e que “Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem." (I Co. 15.20).  

Devemos mostrar que a importância da Páscoa para as nossas vidas e para os nossos destinos não está no coelho, ou nas guloseimas; mas está naquele que foi feito maldição para que fossemos resgatados e aceitos por Deus, o Pai.

Talvez, melhor mesmo seja mostrar, com nossas atitudes e exemplo, que a Páscoa, antes de ser uma festa recheada de chocolates, deve ser uma celebração de ação de Graça por tudo aquilo que Deus fêz em nosso favor.

Éramos, e ainda somos, absolutamente incapazes de obter a salvação por nós mesmos, mas Ele se sacrificando, se tornou oferta de cheiro suave, para nos resgatou e nos conduziu  ao retorno da comunhão com Ele mesmo, como diz em Is. 35.10: “E os resgatados do SENHOR voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.”. Não éramos capazes de optar pela salvação porque estávamos mortos (cf. Ef. 2.1), mas Ele nos fez novas criaturas (cf. II Co. 5.17) e, nós que antes éramos estrangeiros e forasteiros, fomos tornados da família de Deus (cf. Ef. 2.19). Nós que antes servíamos ao pecado, fomos tornados "irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai" (I Ts. 3.13) e nos elevou a condição de filhos por adoção (cf. Gl. 4.5).

Devemos, sim, festejar a Páscoa. Porém, não devemos festejá-la como aqueles povos pagãos da antiguidade, que é o mesmo festejo dos wiccas da atualidade; nem devemos festejar como os semitas do período pré mosaico.

Não devemos festejar nem mesmo com aquele sentido que é dado pelo povo judeu, mas entendendo aquele fato como uma figura do que ainda viria e que seria muito superior a tudo isso, como diz em Hebreus 9. 24-26: "Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; de outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.".

Entretanto, devemos festejar porque "Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz." (Cl. 2.12- 14). Devemos, sim, comemorar porque o Senhor nos livrou dos nossos pecados e da morte, como diz em Jr. 31.11 “Porque o SENHOR resgatou a Jacó, e o livrou da mão do que era mais forte do que ele.”.

Uma coisa, porém, devemos reconhecer: se os pagão comemoravam a vida que ressurgia com a Primavera, muito mais nós devemos ter a alegria em comemorar a vida que ressurge. Porque não se trata de uma vida fugaz e efêmera, como aquela festejada pelos pagãos, mas, trata-se de uma vida abundante, como aquela que foi pregada por Jesus em Jo.10.10.
A Páscoa é a certeza da nova vida, que nos é dada por Jesus, para que possamos vive-la em comunhão com Ele; "pois com Ele morremos e com Ele vivemos" (cf. II Tm. 2.11), como bem proclama o apóstolo Paulo quando diz: “Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” (Cl.3:3). Nossa esperança, portanto deve estar voltada para vida eterna que Ele nos prometeu (cf. Tt. 1.2), não importando os agravos que porventura venhamos sofrer, pois, “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (I Co. 15:19).

Jesus, é mais do que nossa esperança, é a certeza do amor de Deus por nós (cf. Rm. 5.8). É a certeza que um dia estaremos na nova Jerusalém, e que lá "Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." (Ap. 21.4); e que Aquele que está sentado no Trono nos dirá "Eis que faço novas todas as coisas." (Ap. 21.5).

Mas, não se engane porque Ele é o mesmo que diz: "Certamente cedo venho. Amém." E nós em coro dizemos "Ora vem, Senhor Jesus." (Ap.22.20).

FELIZ PÁSCOA RESSURREIÇÃO!


SOMENTE A DEUS SEJA DADA GLÓRIA!

De que toca saiu esse coelho? (II)

De que toca saiu esse coelho? (II)

PÁSCOA DE OSTERA

ENTRE AS CIVILIZAÇÕES ANTIGAS

Na primeira parte da postagem vimos que na Páscoa bíblica não existe nenhum coelho e nem tampouco ovos. Todavia, a comemoração de Páscoa inclui um coelho que distribui ovos, especialmente às crianças. E nossa questão maior, portanto, é descobrir de onde surge essa tradição.

Em primeiro lugar é mister afirmar que existem indícios, do  período pré-mosaico, que comprovam a existência de um ritual muito próximo aquele  que foi realizado quando da saída do povo hebreu do Egito, pelos povos semitas nômades, ou semi-nômades. Esse rito era absolutamente familiar, e quando muito envolvia o clã, mas não estava ligado a ordens sacerdotais, a santuários, ou qualquer outra influencia dos cultos oficiais; bem como também não havia necessidade de altares. Ainda que o ato central do ritual estivesse ligado ao sacrifício de um animal (ovelha ou cabra) jovem do próprio rebanho. Neste ritual pré mosaico o sangue do animal era retirado e com ele era ungida a entrada das cabanas; o animal era assado e servido com ervas amargas (nascida no próprio deserto) e pães asmos (sem fermento). Por tanto, podemos notar que existe ampla semelhança com o ritual instituído por Moises.

Por outro lado, devemos lembrar que no hemisfério norte, o equinócio de Março marca o início da Primavera e o tempo das grandes colheitas. os povos grego e romano enxergavam  que a passagem do inverno para a primavera era, também, a passagem do período das trevas para a luz. Isso porque após o longo período de inverno, onde as noites são mais compridas, chegavam ao fim, com os dias e as noites passando a ter iguais duração de tempo. Esse fato era festejado com grande alegria, e diversos historiadores conseguiram encontrar material suficiente para comprovar a existência de festas agro-pastoris em comemoração a essa passagem do inverno para a primavera. Normalmente essas festividades eram realizadas durante o mês de março, mais precisamente durante o período da primeira lua cheia daquele mês.

Gostaria de lembrar, ainda, que a palavra “Páscoa” é uma variação do hebreu "peschad"; que em grego passa para "paskha" e em latim "paché" – que quer dizer "passagem". E como já afirmamos anteriormente, para o antigo israelita o "peschad" era um memorial instituído para mostrar que o Senhor havia resgatado seu povo da servidão do Egito. Para consumar a saída do povo hebreu, Deus enviou dez pragas sobre Faraó e sua gente, entretanto, antes da décima praga, Jeová deu ordens específicas ao seu povo mandando que cada família tomasse para si um "cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras." (Êx.12.5); e disse que o animal seria sacrificado no décimo quarto dia, sendo que sua carne seria assada e comida com pães azimos e ervas amargas, enquanto que o sangue deveria ser passado nos batentes laterais e superior da casa onde a refeição fosse feita. Porque naquela noite o Anjo passaria pelo Egito, e o sangue nos batentes, serviriam de sinal para que ele pulasse aquela casa, mas a casa que não estivesse marcada pelo sangue do cordeiro, esta seria visitada pelo Anjo que feriria de morte ao primogênito.

"E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. E Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto. Então chamou a Moisés e a Arão de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, servi ao Senhor, como tendes dito." (Êx. 12.29-31).

E para que as gerações futuras soubessem de todas essas maravilhas, o Senhor, disse a Moisés: "E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo." (Êx.12.14). E ainda completou: "Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos e juízos que o Senhor nosso Deus vos ordenou? Então dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó no Egito; porém o Senhor, com mão forte, nos tirou do Egito; E o Senhor, aos nossos olhos, fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito, contra Faraó e toda sua casa; E dali nos tirou, para nos levar, e nos dar a terra que jurara a nossos pais." (Dt. 6.20-23).

Portanto, podemos, assim, perceber a enorme similaridade entre o ritual pré mosaico e este descrito pela Bíblia. O que não ocorre com os rituais do "peschad" e do equinócio europeu, pois, entre eles, a única similaridade está no fato de ambos serem realizados no período de passagem entre o inverno e a primavera. Enquanto os hebreus festejavam a data para recordar a libertação que Deus lhes proporcionara, após séculos de servidão no Egito; os europeus, nestes festivais, realizavam cultos em homenageavam a deusa Ostera (ou Ostara), que considerada a divindade pagã da Primavera.
Esta deusa, de berço anglo-saxão e incorporada tanto aos panteões grego e romano (deusas Persephone e Ceres, respectivamente), era a representação da fecundidade e, em sua mão, segurava um ovo, enquanto observa um coelho (que é símbolo de fertilidade) que pulava alegremente em redor de seus pés nus. A deusa, e o ovo que ela carrega, são símbolos da uma nova vida que chegava junto com a Primavera.

Na celebração a Ostera, comemorava-se a fertilidade, através da prostituição cultual, com um tradicional e antigo festival pagão que celebra o evento sazonal equivalente ao Equinócio da Primavera. Algumas das tradições e rituais que envolve a deusa pagã, incluem fogos de artifícios, ovos, flores e o coelho. Conta à lenda, que Ostera estava sentada em um jardim quando um amável pássaro pousou em sua mão e ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou em uma lebre. Esta magia encantou às crianças que presenciaram, mas, com o passar dos meses, o pássaro, transformado em lebre, não estava feliz com a transformação pois não podia cantar e nem voar. Mas a magia não poderia ser revertida; entretanto, na primavera seguinte, Ostera decidiu devolver parte da alegria da pequena Lebre, ainda que fosse apenas durante a estação das flores, devolvendo-lhe a forma de pássaro,. Em sua enorme felicidade, o pequeno animal, botou ovos em homenagem a deusa. E as crianças, como forma de celebrar a liberdade da ave, decidiram pintar  os ovos do pássaro e distribuí-los para os parentes e amigos, como forma de alertar as pessoas que não devemos interferir nas coisas da natureza.

Conta-se, também, que os ovos utilizados nos rituais do equinócio da primavera, eram pintados com símbolos mágicos e outros eram confeccionados em ouro, esses ovos eram depois enterrados ou lançados ao fogo como oferta aos deuses.

Claro que poderíamos nos aprofundar ainda mais, com respeito a outras festividades relativas à Primavera e verificaríamos que são inúmeras.  Encontraríamos que nos países nórdicos, também havia a prática de comemorar a passagem de estações e que ali a consagração era à deusa Gefjon (a doadora) deusa da agricultura, da fertilidade tendo, porém, uma origem muito controvertida. Os sites que falam sobre esse tipo de assunto são muitos. Mas, nosso interesse primeiro não tem esse objetivo. (continua...) 

terça-feira, 8 de abril de 2014

De que toca saiu esse coelho? (I)

De que toca saiu esse coelho? (I)

PÁSCOA DE OSTERA

A Páscoa é, talvez, uma das datas mais esperadas pelo comércio. Especialmente o comércio de chocolates.

Para os “devoradores de chocolate” é a data perfeita para comer sem discriminação e sem recriminação de espécie alguma. Para os mais gordinhos e aqueles adeptos de regimes, no entanto, é uma data de “suplícios”, "martírio" e "sacrifícios" pois a tentação dos ovos de chocolate é quase incontrolável.

Também os pequenos aguardam com grande ansiedade pelo “coelhinho” que irá lhes trazer muitos ovinhos.

Tudo é festa! Que linda e maravilhosa festa! Páscoa a festa do coelho, dos ovos, dos chocolates e de...

Ei! mas, espera um pouco; a Páscoa realmente é isso? A Páscoa é a festa de um coelho que bota ovos de chocolate?

E a resposta é simples. Não!  Claro que a Páscoa não é isso.

A Páscoa, na realidade, deveria ser a comemoração maior do cristianismo, já que nessa data é comemorado ato supremo do amor de Deus por seus eleitos. È exatamente nessa data que comemoramos o momento em que Jesus de Nazaré ressuscita dentre os mortos e, vencendo a morte, nos dá livre acesso junto ao Trono de Deus.

Portanto, a Páscoa é, na verdade, o símbolo de vida eterna. Vida esta conquistada pelo próprio Deus para resgatar e reaproximar todo aquele que n’Ele crê, exatamente como está escrito em Jo 1.12.

Entretanto, é mister não esquecer que a Páscoa já era comemorada pelo povo hebreu no período anterior ao nascimento do Cristo-Jesus. Para o povo de Israel, na verdade, a Páscoa é uma das três festas de maior importância, em seu calendário religioso.

Devemos recordar que a festa foi instituída pelo próprio Deus, como memorial de quando o povo saiu do Egito. Moises, no livro de Êxodo, nos conta que o povo hebreu havia se tornado escravo do Egito, e que o Senhor, ouvindo o clamor do povo, enviou Moises para ir buscar o povo e conduzi-lo até a terra que já havia sido prometida a Abraão, Isaque e Jacó. Sabemos que Faraó não permitiu a saída do povo, mas Deus com mão forte, resgatou o Seu povo do Egito. Como memorial desse feito Deus instituiu a Páscoa, que seria celebrada a cada ano, para que todas as gerações pudessem aprender das maravilhas que o Senhor havia realizado em favor de Seu povo.

Portanto, a Páscoa já era comemorada, pelo povo hebreu, desde o êxodo do Egito. Naquele tempo, a Páscoa instituída, era comemorada com a morte de um cordeiro ou cabrito, de um ano, sem mácula e que fosse perfeito (cf. Êx. 12.5). Na prática, esta comemoração já apontava para evento maior e definitivo que seria realizado com o sacrifício de Cristo. Devemos recordar que João Batista, apontando para Jesus, afirmou "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." (Jo.1.29). Poderíamos lembrar, ainda, muitos outros textos onde Jesus é comparado com um cordeiro. Mas, entretanto, não podemos nos esquecer que o apóstolo Paulo, I Co.5.7, se refere a Jesus dizendo: "Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. "; e em outro texto a apóstolo Pedro diz: "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado." (I Pe. 1.18-19).

Sem duvidas que devemos admitir que a Bíblia nos desvenda uma das páginas mais sublimes de amor, ao mostrar que a Páscoa foi a forma de Deus usar toda sua misericórdia para salvar um povo escolhido por Ele mesmo.

O texto de Êxodo 12, onde é instituída e detalhada a Páscoa do Senhor, lá no Antigo Testamento, nos fala e nos mostra de forma riquíssima como Deus usou naquele momento, e como ainda iria usaria mais tarde, de sua Misericórdia para aplacar sua Justiça.

Também é maravilhoso perceber que quando Deus fala, Deus cumpre. Lá em Êx. 12.46, Deus diz: "Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso."; e depois em Jo. 19.33,36, o Evangelista nos confirma que, de fato, nenhum osso do Cordeiro foi quebrado, porque também esta escrito: “Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.” (Sl. 34:20).

Sei que por haver escrito de maneira tão resumida o brilho maravilhoso dessa história fica um tanto quanto ofuscada, mas ainda assim, por sabermos que é abreviada, percebemos que seu brilho é muito maior e muito mais belo. E que por si só já teria motivos suficientes para nos fazer celebrar com júbilos essa História; por isso fica a dúvida: De onde aparece esse coelho?

 E, agora, nesta oportunidade o nosso maior interesse está voltado em descobrir de que toca sai esse coelho e os seus ovos. Afinal, não há na Bíblia nenhuma referência a coelhos ou a ovos, entretanto, com grande peso no coração, temos percebido que ultimamente o coelho tem mais popularidade e é mais desejado do que o Cordeiro que pode nos dar vida eterna.  (continua...)

SOMENTE A DEUS SEJA DADA GLÓRIA!

segunda-feira, 31 de março de 2014

Doutrina da Eleição

Doutrina da Eleição, uma doutrina difícil.  - (A.W. Pink)



A doutrina da eleição é uma doutrina difícil de ser aceita por conta de trés aspectos essenciais: continue lendo clicando aqui

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Devocional Salmo 1

MEDITAÇÃO

Devocional Salmo 1


"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores." (Sl.1.1). para continuar lendo aqui

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

UMA ORAÇÃO PURITANA - CONFISSÃO DOS PECADOS

UMA ORAÇÃO PURITANA  

CONFISSÃO DOS PECADOS Ó SENHOR DE MISERICÓRDIA. (aqui)

A Confissão de Fé Batista de 1689

 A Confissão de Fé Batista de 1689 foi adotada pelos Ministros e Mensageiros Batistas Particulares, de mais de cem Congregações, que durante o período de 03 a 11 de julho de 1689, estiveram reunidos em da Assembleia Geral, na cidade de Londres. (para continuar a leitura aqui).

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

As Noventa e Cinco Teses de Martinho Lutero

As Noventa e Cinco Teses de Martinho Lutero


“Embora eu vivesse uma vida impecável como monge, sentia-me um pecador de consciência pesada diante de Deus. Também não podia acreditar que o tivesse agradado com minhas obras. Longe de amar aquele Deus justo que pune os pecadores, eu na verdade o odiava. Eu era um bom monge, e mantinha minha ordem de modo tão estrito que se algum dia um monge pudesse chegar ao Paraíso pela disciplina monástica, eu seria esse monge. Todos meus companheiros de monastério confirmariam isso [...] E no entanto minha consciência não me dava certeza, e eu sempre duvidava e dizia: ‘Não fizestes isso direito. Não fostes suficientemente contrito. Deixastes isso de fora na confissão’.” (Martinho Lutero). (para continuar lendo aqui)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

VOCÊ CONHECE DEUS?

VOCÊ CONHECE DEUS?

É estranho perceber que grande parcela daqueles que estão nas igrejas e se auto intitulam de servos do Deus Altíssimo, na verdade nada sabem em relação a esse mesmo Deus que eles afirmam servir.  Eles, simplesmente não conhecem Deus e nem conhecem o seu poder. Podemos dizer que eles não nem ideia de quem realmente é Deus. (continue lendo aqui)