sexta-feira, 22 de abril de 2011

PÁSCOA

PÁSCOA

Tempos atrás escrevi sobre a Páscoa de Ostera, uma festa pagã, entre povos romanos e gregos, que marcava a passagem do inverno para a primavera; das trevas para a luz, um período também conhecido como o equinócio da primavera.

A festa de Páscoa, no entanto, além de ser o mais pastoril dos rituais existentes em Israel e, ao mesmo tempo, é o mais próximo dos sacrifícios realizados pelos antigos árabes (o

nde não havia a intervenção sacerdotal), não possuindo, portanto, relação direta com o altar, mas tendo importância fundamental no rito de sangue. Ainda, segundo os estudiosos, o sacrifício realizado com animal novo, durante o período da Primavera, ia de encontro às crenças de obtenção maior fecundidade da terra e do rebanho, ao mesmo tempo em que existia a crença de que o sangue colocado sobre os batentes das portas, ou sobre as armações das tendas, afastaria os poderes maléficos do exterminador.

Existem ainda muitos outros detalhes que encontramos, e que acentuam a crença de que se trata de uma festa de origem nômade. Seja como for, no entanto, a Páscoa judaica, foi instituída por DEUS, para demarcar um novo tempo na vida do povo de Israel.

Já havia 430 anos de cativeiro, e a situação era cada dia pior. Os judeus se lamentavam e sofriam do jugo que lhes era imposto, porém DEUS, ainda que eles não reconhecessem, estava ao lado de seu povo. Providenciando suprir todas as necessidades dessa multidão de pessoas, que em pouco tempo se tornariam uma Nação.

Aquele povo, porém, necessitava aprender a confiar em DEUS. Enquanto os egípcios, e demais povos da região, tinham diversos deuses, os hebreus tinham apenas um DEUS, poré

m tratava-se de um DEUS Vivo e Verdadeiro; o DEUS que havia criado todas por Sua vontade pessoal; portanto, o DEUS Criador e Todo Poderoso.

Para que DEUS se desse a conhecer para os hebreus, e para todos os demais povos da Terra, o SENHOR envia Moisés a Faraó e endurece o coração deste para, através das dez pragas, derrotar os deuses do Egito.

Porém, manda que seu povo mate um cordeiro de um ano e que o sangue seja passado em “ambas as ombreiras e na verga da porta” (Êx. 12.7), para que “o sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx. 12.13).

O fato é que, devido ao sacrifício do cordeiro, o evento passou a ser associa

do à idéia de expiação, apesar de que a intenção primeira era comemorar a libertação do jugo e da escravidão no Egito. A Páscoa judaica, portanto, era considerada uma das principais festas de Santa Convocação, quando todo povo era chamado a participar e todos se uniam em torno do mesmo propósito de adoração ao DEUS LIBERTADOR.

Também a Páscoa cristã, assim como a judaica, deve ser considerada como uma das principais e mais importantes data a ser comemorada.

Isso porque Jesus se fez em nosso cordeiro pascal, que foi crucificado, morto e sepultado para que, pelo sangue derramado sobre nossas vidas, pudéssemos ser reconciliados com DEUS e pudéssemos ter vida plena e abundante. Afinal, foi na Páscoa que Jesus venceu a morte, ressuscitou e nos deu vida, juntamente com Ele. Em Jesus, tornou-se realidade a Palavra da profecia, que diz: “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apr

egoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram” (Is. 61.1, 2).

A Páscoa cristã é o símbolo de vida, de vida eterna, conquistada pelo próprio Deus, que se fez homem, morrendo “uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,” (cf. I Pe. 3.18).

Hoje, enquanto a maioria das pessoas comemora a Páscoa comendo ovos de chocolate nós, que fomos escolhidos e chamados a conhecer da verdade, comamos também, mas com a certeza de que somos salvos.

Tenhamos alegria e júbilo, porque somos livres. Mas sem esquecer que fomos comprados, e, portanto, somos escravos. E como servos devemos nos portar “com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (I Pe. 1.17- 19).

SOMENTE A DEUS SEJA DADA A GLÓRIA!!!

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