sábado, 4 de julho de 2009


Jesus não foi perseguido pelo Império Romano

É curioso as coisas que encontramos na internet. No outro dia, por exemplo, encontrei um site que dizia que Jesus havia sido perseguido pelo Império Romano, a pedido do imperador Otávio Augustus (Caio Júlio Cesar Otaviano Augusto); e ainda dizia mais: dizia que o motivo que levou o Imperador a perseguir Jesus teria sido doutrina que este ensinava com relação à paz, à harmonia, e amor entre os homens.

Sem dúvida parece que alguém deixou de fazer o dever de casa.
Talvez os organizadores do site tivessem a intenção de serem sucintos nas explicações e acabaram errando em tudo, isso porque:

1º Jesus não foi perseguido pelo Império Romano:

Os Evangelhos narram que Pôncio Pilatos, governador e representante do Imperador Romano em Jerusalém, não tinha nada contra Jesus, muito pelo contrário, nos evangelhos encontramos as seguintes passagens:
· Mateus 27:
23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais: Seja crucificado!
24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo ; fique o caso convosco!

· Lucas 23:
4 Disse Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões: Não vejo neste homem crime algum.
14 disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais.

· João 18:
38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.

O que demonstra que os romanos nada tinham contra Jesus e nem tramaram por sua morte. Quem, na verdade, tinha interesse na morte de Jes
us eram os próprios judeus em primeiro plano, mas principalmente o próprio Deus, que já havia profetizado o envio e morte de seu Filho unigênito para resgate de todo aquele que nele crer.

2º Os judeus queriam a morte de Jesus por três motivos principais:

a) Por motivos políticos (os sacerdotes julgavam que poderiam perder todo o poder que tinham sobre o povo):

· João 11:
47 Então os fariseus e os chefes dos sacerdotes se reuniram com o Conselho Superior e disseram: —O que é que nós vamos fazer? Esse homem está fazendo muitos milagres!
48 Se deixarmos que ele continue fazendo essas coisas, todos vão crer nele. Aí as autoridades romanas agirão contra nós e destruirão o Templo e o nosso país. (NTLH)

b) Por inveja (porque o povo percebia sua grande autoridade):
· Mateus 7:
28 Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina;
29 porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.

c) Por se fazer igual a Deus (Jesus se apresentava como filho de Deus e com todos os direitos de filho primogênito):

· João 5:
17 Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.


Assim vemos que de fato os romanos não tinham nenhum motivo para a morte de Jesus e que os judeus, em alguns momentos por excesso de zelo, não admitiam a possibilidade de encarar em Jesus a figura do Cristo prometido por Deus.

Todavia mais, os judeus, na maioria das vezes, de alguma forma não conseguiram fazer a perfeita distinção entre as profecias com relação ao Cristo sofredor e o Rei vitorioso. Entre aquele que viria para se fazer oferta por nossos pecados e aquele que há de vir para julgar os vivos e os mortos.
O próprio Senhor Jesus diz aos seus discípulos:

· Lucas 24:
25 Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?
27 E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.
Não foram os judeus, ou os romanos (isoladamente) que condenaram Jesus, não! Fomos todos nós, que estávamos mortos em nossos delitos e pecados (cf. Ef. 2.1).

Foi nossa natureza pecaminosa que levou Jesus a morte, para que pudéssemos ser resgatados para Deus e, assim realizar o principal objetivo de Deus para o homem, que está no Catecismo Batista (que era usado pelo pastor batista Charles Spurgeons):
· 1ª Pergunta. Qual é o principal objetivo do homem?
Resposta. O objetivo principal do homem é glorificar a Deus (1), e ter comunhão com Ele para sempre (2).

· Comprovação bíblica:
1. I Coríntios 10:31.
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus."

2. Salmo 73:25-26.
"A quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti. A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre."

Quem sabe não seja o momento de refletirmos um pouco mais e percebermos que Deus nos ama e deu o que tinha de melhor não por nós, mas por Ele mesmo. Não porque merecêssemos, ou mereçamos hoje, mas porque Ele se agradou de nos salvar.

Quem sabe não seja o momento de realmente entregarmos nossas vidas e nossos caminhos a mercê de sua soberana vontade e pararmos de lutar, uma luta que de fato não vamos ganhar.


Quem sabe não seja o momento de, assim como Jonas, nos arrependermos – “Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz.” (Jn. 2:2) – e reconhecer que “AO SENHOR PERTENCE A SALVAÇÃO” (Jn. 2.9).

ALELUIA!


SOLE DEO GLORIA!!!

Um comentário:

  1. Que bom que tirei minha duvida,pois estava achando mesmo estranho quando vi que jesus tinha sido perseguido por Julio Cesar nao entendi ate por que nao tem fundamento biblico isso valeu mesmo continue sempre tirando essas duvidas por favor.

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