segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DEUS OU O DIABO?

Em nosso arraial, muitos líderes, tem tido a prática de culpar o diabo por um sem número de aflições que atingem ao mundo e ao nosso povo também. Esses líderes têm colocado a situação de uma forma que até parece que o demônio tem Jesus “encurralado” em um canto do ringue.

Eles, por meio das palavras, afirmam que Deus é Soberano, que Ele reina supremamente no céu e na terra e afirmam que tudo está sob o seu controle. No entanto, ao mesmo tempo, por meio de suas filosofias e teorias, colocam Deus em segundo plano, a partir do momento em que “tiram” de seu controle qualquer preocupação mais imediatas que pudesse ter com Sua própria criação, e que, portanto, afligem ao próprio homem, colocando-as todas como “ordenação das leis naturais”, absolutamente abstratas e impessoais.

Excluem Deus até mesmo do âmbito das atividades humanas, dizendo que o homem pode determinar sua própria sorte. E quando as coisas não dão certo colocam a culpa em Satanás.

De forma alguma quero discordar que o Maligno seja o culpado por grande parte dos males que afligem a humanidade, mas devemos entender que grande quantidade desses males ocorre devido a irresponsabilidade do próprio homem. Ou seja, atribui-se ao diabo aquilo que, na verdade, procede de seus próprios corações maus (cf. Mc. 7:21-23).

Segundo esses “teólogos” quem está no comando do mundo é o próprio Satanás e não Deus. E querem demonstrar essa “verdade” mostrando o cenário de caos e confusão que predomina no mundo; apontam para a primazia que o pecado e a ilegalidade tem obtido perante todas as sociedades modernas; mostram a ascensão de homens perversos e de impostores e que a cada dia tornam-se piores (II Tm.3:13).

A violência hoje em dia é de tal porte, que muitas vezes vemos pessoas que pertencem a Deus confusas e se perguntando: O que Deus está fazendo? Será que Ele está me ouvindo? Por que Ele está impotente? Por que Ele é tão indiferente?

E existem alguns líderes que emitem a opinião que Deus não pode impedir tão grande violência. Que tudo isso não está sob o seu controle. Que toda a autoridade deste mundo está nas mãos do Maligno, e portanto, está fora do controle de Deus.

Essas coisas fazem acreditar que o diabo tem um enorme poder concentrado em suas mãos e que, ao mesmo tempo, Deus está enfraquecido e ausente de todo esse processo. E diante desse quadro cabe a pergunta: Quem realmente tem o controle do mundo?

E respondo dizendo que isso depende do ângulo de visão de cada pessoa. Isso depende se você anda pela fé, ou pelas aparências.

Se você tem andado pelas aparências, com certeza, tem se perguntado por que Deus tem se omitido, ou por que Deus demora tanto em agir aqui ou acolá. Se você baseia seu relacionamento com Deus naquilo que você está vendo, então não há dúvidas que você tem em Deus um ser absolutamente distante, impessoal e que não mais se importa com sua criação.
No entanto se você anda pela fé...

Mas, o quê de fato é andar pela fé?

Segundo A.W. Pink, andar pela fé significa que “nossos pensamentos são formados, nossas ações são reguladas, nossa vida é moldada pelas Sagradas Escrituras, porque ‘a fé vem pela pregação, e a pregação pela Palavra de Cristo’ – Rm. 10:17”. Ou seja, andar péla fé é andar confiante na Palavra de Deus, é andar sabendo que Deus está no controle de todas as coisas e nada se desviará dos seus propósitos e vontades; andar pela fé é andar em concordância com aquilo que Ele quer de nós e para nós. Isso é andar pela fé.

Andar pela fé não é sair ‘determinando’ nada para Deus. Andar pela fé não ‘não aceitar’ aquilo que está posto por Deus à nossa frente e ‘rejeitar’ aquilo que não nos agrada; com certeza não agradava a Jesus ir para a cruz e por isso Ele disse ‘se for possível passa de mim esse cálice’. Ele não rejeitou, Ele não disse ‘não aceito’, apenas disse: ‘se possível’.

Ele aceitou porque tinha certeza que o Pai estava no controle de todas as coisas. Ele não se guiou pelas aparências que o cercavam, mas andou pela fé, na certeza que Deus estava agindo em seu favor.

Mas para aprendermos quem de fato está controlando o mundo, precisamos aprender da Palavra da Verdade, porque é através dela que entendemos qual o relacionamento entre Deus e o mundo.

Se por vezes nos custa acreditar que Deus esteja no controle de todas as coisas, por que parece que as coisas tomam um rumo muito diferente daquilo que Deus projetou, não seria mais fácil de aceitá-las ao percebermos que todas essas coisas já estavam preditas nas Escrituras Sagradas, através das profecias de Judas?

Se olharmos apenas para o versículo 8 de Judas veremos que ali diz: “Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores.”
Quem está regendo as coisas na terra, Deus ou o diabo? O que nos diz as Sagradas Letras? Se crermos nas claras declarações da Bíblia não restará lugar para dúvida em nossos corações. Pois versículo após versículo ela declara que Ele é Rei, que está assentado no Trono do universo, que o cetro está em Suas mãos e que dirige todas as coisas ‘conforme o conselho de Sua vontade’. A Bíblia, de forma clara, afirma que Deus criou todas as coisas, que as domina e reina sobre toda obra de suas mãos. Afirmam, ainda, que Deus é Todo-Poderoso, que Sua vontade é irreversível, e que Ele é soberano absoluto em cada recanto de seus vastos domínios. E tem que ser assim. Não podemos entender de outra maneira, caso contrário Deus não seria Absoluto, nem Altíssimo, nem Poderoso; ou seja, Deus não seria Deus.

É hora de nos rendermos a Deus e ao seu maravilhoso poder. É hora de entendermos o que quer dizer ‘mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo.’ (Dn. 11:32 b).

A DEUS E SOMENTE A ELE SEJA DADA A GLÓRIA!!!

domingo, 13 de setembro de 2009

AVIVAMENTO
X
MOVIMENTO

Quando estudamos a história de homens, que são considerados como “heróis da fé”, percebemos que eram homens que tinham profunda comunhão com DEUS; homens que travavam intensas batalhas através da oração; homens que tinham profunda convicção no poder do evangelho e possuíam uma fé inesgotável naquele que os havia chamado das trevas para sua maravilhosa luz. Foram homens que se tornaram instrumentos nas mãos poderosas de DEUS porque nas mãos traziam a Palavra, no coração o ardente desejo de pregar ao Cristo ressurreto, mas principalmente, escondiam-se atrás da cruz para que o exaltado fosse Cristo e não o homem.


Esses homens incendiaram o mundo com a mensagem da cruz e produziram um avivamento espiritual através do arrependimento sincero que provocaram verdadeiras conversões na alma do ser humano e não apenas na aparência do indivíduo.


Homens como Martinho Lutero, João Calvino, Jonh Bunyan, Jonathans Edwards, Charles Spurgeons, marcaram a história da Igreja Cristã, assim como a história secular. Esses homens foram verdadeiros entusiastas da obra de DEUS, não existindo neles nenhuma sombra de abatimento, apesar dos muitos obstáculos que se levantaram. Muito pelo contrário, são homens que acreditaram no comissionamento de DEUS para suas vidas e por isso mesmo não se deixaram abater, esmorecer ou apagar a chama da paixão pelo evangelho do SENHOR.


Esses homens foram verdadeiros servos de Deus e se colocaram na posição exata para serem usados de acordo com a vontade do SENHOR. Homens que não se omitiram e foram avante mostrando firme convicção no poder transformador da Palavra de Deus e na salvação que há em Cristo, uma salvação tão e maravilhosa que só por meio dele pode ser proporcionada ao homem. Eles foram homens que não se deixaram corromper pelo sucesso passageiro, nem pelos aplausos aduladores.



Foram homens que tiveram seu olhar fixo para a Nova Jerusalém e o sentimento de certeza na morada eterna, não por méritos, mas pela Graça. Homens que traziam a Bíblia nas mãos; na palavra, a cruz da salvação e no coração o amor pelos perdidos. Tudo traduzido pelo desejo de falar e pregar do amor de Cristo, nosso Senhor.



Esses homens foram exemplo para todas as gerações seguintes. E por isso mesmo devemos perceber que esses homens agiram exatamente ao contrário daquilo que é feito e pregado hoje em dia.



Em seu tempo, esses homens, se mantiveram em submissão a vontade de DEUS e, em conseqüência dessa submissão, foi a ocorrência de um grande avivamento.



No entanto, hoje em dia, a maioria das igrejas vive à custa de movimentos. Poderíamos até mesmo dizer que vivem em função desses movimentos. Movimentos esses que surgem no meio da igreja, que tem aparência de bíblico e que, por isso mesmo, na maioria das vezes não sofre restrições por parte das lideranças. Contudo a verdade é que, geralmente, são caracterizados por estarem fundamentados em tópicos e não na totalidade da Bíblia.



Esses movimentos não se sabe exatamente como surgem, mas sabemos que invadem as igrejas sorrateiramente. Não trazem e nem acrescentam nada de bom aos crentes, e não raro desaparecem como se nem houvessem existido. Entretanto, existem alguns que perduram e vão corroendo às doutrinas bíblicas e destruindo a Igreja e a fé. Muitas vezes, esses movimentos vão se expandindo de tal forma que nem mesmo são ensinados, mas são intensamente praticados e defendidos por muitos.



E assim as igrejas vão caminhando através de movimentos pentecostais, carismáticos, da prosperidade, de fé, de propósitos, do triunfalismo e tantos outros que vão surgindo sem nada acrescentar. São movimentos que atraem às multidões, mas não trazem real arrependimento aos corações e nem levam a uma verdadeira conversão.



Ali existem pregações que ao invés de proclamar a Palavra de Deus de forma simples e objetiva, assim como aqueles homens faziam, produzem verdadeiros shows gospel, onde são ignorados os verdadeiros parâmetros bíblicos, tais como a cruz, o arrependimento, a santificação, a regeneração...



Como em todos os shows, tudo está voltado para agradar o público “pagante” apesar que, o mais importante é o artista, no caso o pregador. Em muitos desses movimentos o pregador recebe mais destaque do que o SALVADOR. E essa é apenas mais uma diferença que existe entre o avivamento e o movimento.



Um avivamento de verdade se traduz através de um evangelismo consciente, eficaz e, ao mesmo tempo, espontâneo. No verdadeiro avivamento há uma profunda disposição para proclamar o evangelho do Senhor, assim como dizia o apóstolo Paulo “se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Co. 9.16).



O avivamento fala aquilo que povo necessita ouvir; o movimento fala daquilo que o povo gosta de ouvir, aquilo que o povo quer ouvir.



No avivamento se fala contra o pecado, em arrependimento, em andar em santidade perante Deus, em como homem deve servir a Deus; em contra partida, no movimento se fala no homem, em suas necessidades e de como ter um Deus que serve ao homem.



Nos movimentos existe uma enorme manipulação emotiva, que faz o homem atingir um êxtase espiritual, levando-o a crer que ter experiência com Deus é algo metafísico, que transcende à compreensão e que nada tem haver com a razão.



Esses movimentos se aproximam da filosofia existencialista a partir do momento em que afirma que podemos ter “experiências mais amplas com Deus” fora do sentido da razão, e proclamam que a razão induz ao materialismo, ao questionamento e a falta de fé. Eles agem com o seguinte conceito “vamos tentar encontrar as respostas que necessitamos no campo do emocional, excluindo qualquer vestígio de razão, pois Deus não está na razão”.



Agindo desta forma os movimentos levam as pessoas a se tornarem auto-suficientes, que buscam respostas em si mesmos, mas, ao mesmo tempo, fazendo-os chegar ao desespero quando não encontram experiências definitivas, ou as respostas que desejam. A grande maioria não consegue entender que Deus está acima de suas necessidades.



Os movimentos, de uma forma mentirosa e arrogante, fazem crer que Deus está a serviço do homem. Reduzem Deus a um ser carente e com enorme necessidade do homem, de tal forma que dá, ao homem, qualquer coisa que este vier a lhe pedir, em troca de seu amor.



De fato, esses movimentos trazem imbutidos os mesmos princípios humanistas do Iluminismo da Renascença, onde o homem partia absoluto, entretanto, deveríamos lembrar que a Reforma é exatamente a antítese dessas filosofias.



Ao mesmo tempo em que esses movimentos levam o homem a um sentimentalismo exagerado, conduzem, também, às pessoas ao afastamento de um real, sincero e responsável compromisso com a Palavra de Deus, além de desviar o homem da busca do conhecimento e de real compreensão dessa mesma Palavra.



E tenho certeza que somente através desse conhecimento e dessa compreensão e que atingiremos o verdadeiro avivamento, pois, sem dúvida, não há a mínima possibilidade de o homem prosseguir mantendo vida espiritual com Deus, sem possuir o verdadeiro entendimento da vontade de Deus para as nossas vidas.



Isso sim trará um real avivamento interior!



O Senhor nos diz que “estávamos mortos” (cf. Ef. 2.1), porém foi Ele quem nos deu vida: “e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos.” (Ef. 2.5). Por isso eu creio que Deus, e somente Ele, pode nos avivar através de sua Palavra. Mas, não podemos deixar de nos colocar na posição de servos (de forma alguma podemos assumir a posição de senhores). Temos que nos humilhar e reconhecer que só o SENHOR É DEUS, que nós não somos nada por nós mesmos, mas que Deus é tudo para nós.



Temos que nos humilhar e reconhecer que Deus não necessita de nós; que Ele é imutável e assim permanecerá. Que apesar de tudo o que possamos fazer Ele sempre continuará a ser o mesmo Deus e que nunca, de forma alguma, irá mudar.

SOLO DEO GLORIA!!!!!